Quinhentos e 44 bebés, de mães seropositivas, nasceram livres do vírus do HIV/Sida, em diferentes unidades sanitárias na província do Cunene, em 2022, contra 516 em igual período anterior.
As crianças nasceram livres da doença, depois das gestantes terem beneficiado do corte de transmissão vertical do vírus de mãe para filho, no âmbito da campanha “ Nascer livre para brilhar”.
Em declarações ontem, quintafeira, à ANGOP, o chefe de Departamento da Saúde Pública no Cunene, Félix Satyohamba, disse que no período em referência foram realizados 547 partos, dos quais 99 crianças nasceram infectadas pela doença.
O responsável explicou que as crianças, até atingirem 18 meses, são acompanhadas com assistência médica regular para se certificar o estado serológico.
“Neste período, 246 gestantes foram inseridas no programa de Prevenção Vertical do HIV de mãe para filho, com o objectivo de contribuir para a melhoria da qualidade na atenção destas mulheres e dos recém-nascidos”, afirmou.
Fez saber ainda que 29 mil 480 grávidas realizaram as consultas pré-natais, 24 mil 22 aconselhadas e testadas contra o HIV, das quais 267 testaram positiva e já em acompanhamento médico no programa.
Destacou a importância do programa que está a ajudar as mulheres na região, com a redução da carga viral, quando submetem-se ao tratamento do cordão umbilical antes do parto. Félix Satyohamba sublinhou que as mães que seguem o tratamento anti-retroviral se tiverem uma carga viral baixa são permitidas amamentar os bebês.
No geral foram realizados nas maternidades da província, sete mil 856 partos, dos quais 19 foram nados mortos. A província do Cunene conta com 158 unidades sanitárias, sendo um Hospital Geral de Ondjiva, um da Missão Católica do Chiulo, seis hospitais municipais, 107 postos de saúde e 43 centros de saúde.
Cunene tem uma taxa de incidência e de prevalência do HIV/ SIDA fixada em 6,1 por cento de novas transmissões, considerada a maior taxa de seroprevalência do país.
A campanha “Nascer livre para brilhar” enquadra-se num programa continental materializado pela Organização das Primeirasdama de África (OAFLA), fundada em 2002, durante a 29.ª Assembleia Geral da União Africana.