A Câmara de Comércio e Indústria Angla Argentina (CCIAA), no âmbito da sua missão na terra de Maradona e Lionel Messi, manteve contactos com a Universidade de Morón, na cidade de Buenos Aires, a fim de estabelecer, num futuro breve, parcerias em campos como ensino e investigação
A Universidade de Morón, localiza- da na cidade de Buenos Aires, na Argentina, está disposta em criar parceria com o ensino superior em Angola por via do contacto feito pela Câmara de Comércio e Indústria Angola Argentina (CCIAA). Na terra de Maradona e Lionel Messi, a missão empresarial angolana, no âmbito daquilo que são as políticas viradas para o ensino superior em vários domínios, pretende desenvolver parcerias com aquela unidade orgânica no sector público e privado.
A Universidade de Morón comporta vários cursos superiores, com destaque para as Ciências Exactas mais no campo da investigação científica a respeito de plantas medicinais, uma vez que a moringa está na berlinda laboratorial. No campo da investigação, for- mação superior e transferência de tecnologia, a Câmara de Comércio e Indústria Angola Argentina (CCIAA) vai manter contactos com as unidades orgânicas nacionais no sentido de esclarecer as vantagens existentes com a congénere argentina. Em razão disto, no encontro que a delegação angolana manteve com a direcção da Universidade de Morón, o presidente da CCIAA, Agílio Campos, falou de uma parceria no que concerne ao desenvolvimento de produtos agrícolas no país.
Assim, o responsável aventou a hipótese de se abrir uma linha de investigação de plantas medicinais, visto que, para além da moringa a qual a Morón já investiga, Angola conta com muitas plantas medicinais. “Durante a Covid-19, em Angola os cidadãos cumpriram as orientações do Ministério da Saúde, mas em condições normais os cidadãos tomavam o chá de plantas medicinais”, disse o presidente da CCIAA. Deste modo, no capítulo das bolsas de estudo Angola a missão empresarial angolana, para dar seguimento aos projectos agrícolas e outros no país, quer associar de- terminados casos ao saber científico.
Por sua vez, o decano da Faculdade de Engenharia da Universidade Morón, Antonio Augrisani, disse que estão preparados para, num futuro breve, receber estudantes angolanos com base numa parceira pública e privada. “Temos condições de trabalho, aliás os laboratórios estão equipados e com quadros competentes para o efeito, visto que as ciências exactas nos colocam no topo”, adiantou o responsável. Assim, a explicação dada à missão empresarial angolana permitiu perceber que o mais importante é criar condições para se regressar à Argentina mediante convénios com unidades orgânicas nacionais.
O decano da faculdade de ciências económicas, Pablo Navarro, e o secretário-geral, Pablo Navarro, falaram das qualidades do corpo docente, assim como do comportamento do corpo discente o qual, para além de ser nacional, também é expatriado e isso é o que agrega valor àquela casa ensino em Buenos Aires.
Visita aos laboratórios da Universidade de Morón
Com uma temperatura a rondar os 41º graus celsius, a delegação da Câmara de Comércio e Indústria Angola Argentina (CCIAA) visitou os laboratórios do Campus Universitário da Universidade de Morón, distante do centro de Buenos Aires. No local, a equipa foi recebida pela directora do Departamento de Investigação Científica, Gabriella Leite, que de imediato levou a missão empresarial angola- na para uma sala onde esclareceu as funcionalidades dos espaços de investigação científica.
No quinto andar do edifício, que comporta várias salas, estão localizados os laboratórios de alimentos, fisiologia vegetal e de citogenética, com professores especializados. Foi assim que o professor de práticas laboratoriais, Ignacio Povibrins, falou da qualidade dos alimentos estudados em vários aspectos. A professora que estuda a moringa faz tempo, Ethel Escarello, disse que a planta tem propriedades muito fortes e está talhada a dar resposta a muitos problemas.
No laboratório de citogenética, a professora Nair Olguim, formada em Espanha, trabalha na investigação e qualidade dos vinhos, por isso as uvas são o seu objecto de estudo, facto que a permite compreender os solos e posteriormente a qualidade dos vinhos.