A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANPG) vai investir 200 milhões de dólares americanos para a realização de estudos e perfuração do poço de pesquisa de petróleo no Namibe até 2024, disse, ontem, em Luanda, o seu Presidente do conselho de Administração, (PCA), Paulino Jerónimo.
O responsável fez este anúncio durante a cerimónia de assinatura do memorando de entendimento dos Blocos 30, 44,45 entre a ANPG, ExxoMobil e a Sonangol. De acordo com as estimativas, a execução de operações petrolíferas permitirá acrescentar um potencial de desenvolvimento comercial em caso de sucesso geológico.
Paulino Jerónimo referiu que a perfuração do primeiro poço na Bacia do Namibe vai expandir o cohecimento geológico e o potencial petrolífero do país, em estrito alinhamento com os objectivos definidos na Estratégia Geral de Atribuição de Concessões Petrolíferas, porque hoje a produção petrolífera em Angola resume-se apenas às Bacias do Kwanza e do Baixo Congo.
O responsável sublinhou que com a celebração do memorando de entendimento, que é resultado dos termos negociados, prevê-se benefícios consideráveis para todas as partes envolvidas, sendo que para o Estado angolano espera-se alcançar benefícios diversos. Após a avaliação pós-sísmica e definição dos prospectos, a ANPG e o consórcio dos referidos blocos acordaram efectuar alterações aos actuais termos contratuais e fiscais dos Serviços de Riscos (CSR’s). Isso vai garantir o financiamento necessário para a perfuração do primeiro poço de pesquisa na Bacia do Namibe dentro de um ano após aprovação e publicação de toda a legislação necessária.
Benefícios do memorando
Por outro lado, Paulino Jerónimo realçou que terão benefícios significativos. Em caso de descoberta comercial no poço de pesquisa, estima-se investir 15 mil milhões de dólares norte-americanos para avaliação e desenvolvimento da descoberta de larga escala. O responsável continuou dizendo que se espera que a produção inicie até 2030, contribuindo para a reversão do declínio da produção, a substituição de reservas e a criação de novos empregos na região do Namibe.
A receita estimada para o Estado angolano, proveniente do desenvolvimento de uma única grande descoberta comercial, pode variar de 20 a 40 mil milhões de dólares, se considerarmos um preço de análise conservador que varia entre 50 a 60 dólares por barril.Protecção ambiental acautelada Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considera que para o seu ministério e para o Executivo angolano é um momento importante, porque faz parte das acções necessárias para se conseguir manter a necessária estabilidade na produção de petróleo do país.
Diamantino Azevedo sublinhou que é importante estarmos firmes para continuarmos a explorar este recurso importante durante mais algum tempo e também para que este recurso mineral, neste momento da transição energética, continue a demostrar a sua importância para o desenvolvimento do país.
O ministro realçou ainda que estão conscientes da situação ambiental local e que têm estado a to- mar medidas para que a actividade da indústria extractiva do país desenvolva cada vez mais, tendo em atenção as alterações climáticas.“Estamos cada vez mais convictos que sem os hidrocarbonetos e sem os outros recursos minerais que o nosso país possuí será difícil alcançarmos o desenvolvimento e combatermos a pobreza energética, sustentou.
POR: Francisca Parente