O Banco Económico sublinha que, não obstante a reestruturação em curso, não está em causa a posição dos depositantes ou a continuidade das operações do banco, que neste momento de- correm normalmente
O Banco Económico vai indemnizar com valores superiores aos previstos na Lei Geral do Trabalho (LGT) e demais legislação aplicável, to- dos os funcionários abrangidos pelo Plano de Recapitalização e Restruturação determinado pelo Banco Nacional de Angola (BNA) que, por esta via, estão a ser co- locados no desemprego.
De acordo com um comunicado do Banco Económico, a que OPAÍS teve acesso, “para minimizar o impacto desta medida, “a instituição está a assegurar que esses colaboradores recebam uma indemnização superior à prevista na lei e beneficiem de vantagens adicionais relevantes”, refere. O comunicado realça que o banco está a cumprir com sucesso um Plano de Recapitalização e Reestruturação, validado pelo supervisor, o Banco Nacional de Angola (BNA), com o objectivo de conferir-lhe maior sustentabilidade e superar desafios históricos que ainda vêm afectando o seu balanço.
Entre as várias medidas desse plano, reforça, destaca-se a racionalização de custos, tendo iniciado um processo de redimensionamento e, consequentemente, a dispensa dos colaboradores por ele impactados, sempre em estrito cumprimento da lei. Entretanto, o Banco Económico sublinha que, não obstante a reestruturação em curso, não está em causa a posição dos depositantes ou a continuidade das operações do banco, as quais, neste momento, decorrem normalmente.
“O Banco Económico reafirma o seu compromisso de continuar a servir fielmente os seus clientes e proteger a estabilidade no em- prego, garantindo sempre a prestação de um serviço de excelência e a segurança dos depósitos que lhe são confiados”. Importa lembrar que, em carta dirigida aos colaboradores abrangidos na medida, conforme OPAÍS noticiou na edição de Quinta-feira, 9 de Março, o banco justifica a decisão com a “situação líquida deficitária”, pelo que, a solução, por agora, continua a ser diminuir custos. Por esta razão, e para dar seguimento ao Plano de Recapitalização, o banco deve encerrar nos próximos meses mais de 10 agências e consequentemente colocar dezenas de funcionários no desemprego.
O Plano de Recapitalização e Restruturação foi aprovado no fim de 2021, sendo que começou a ser implementado em 2022 e, desde então, teve como principais consequências a alteração da estrutura accionista, com entrada de novos ‘players’, nomeadamente um fundo de investimento que desde logo foi obrigado a realizar um grande aumento de capital social.