A construção de um satélite para a identificação das potencialidades do solo angolano, faz parte de um dos quatro instrumentos jurídicos assinados entre Angola e a França, na última Sexta-feira, no âmbito do reforço da cooperação bilateral
A visita oficial do Presidente francês Emmanuel Macron à República de Angola, na última Sexta-feira, 03, serviu para relançar e estreitar a cooperação bilateral, abrindo as- sim uma nova era de cooperação entre Angola e a França Durante a sua estadia de apenas algumas horas na capital angolana, Luanda, Emmanuel Macron teve a oportunidade de pro- ceder ao encerramento do fórum empresarial Angola-França, um evento que reuniu empresários dos dois países e que serviu de grande oportunidade para identificar novas áreas para o investimento e financiamento.
Ainda na Sexta-feira, os dois Esta- distas testemunharam a assinatura de quatro instrumentos jurídicos, nomeadamente dois no sector financeiro e dois virados à construção do primeiro satélite angotaram” Angola, em coordenação com o ex-Presidente do Quénia, Uhuru Kennyatta, facilitador designado pela Comissão da África Oriental “a manter contacto com a liderança do grupo rebelde Movimento 23 (M23), “no sentido de transmitirem as decisões saídas da Mini Cimeira de Addis Abeba”. Facebook, salienta-se que a fiscalização do cumprimento da cessação das hostilidades será assegurada pelo Mecanismo ‘Ad Hoc’ de Verificação.
“A República de Angola apela as partes a cumprirem com a letra e o espírito das decisões das vá- rias cimeiras sobre o processo de paz e segurança na região Leste lano de observação da terra, instrumento que servirá para dinamizar o agro-negócio e promover a soberania alimentar para Angola. O analista político, Osvaldo Mboco considera que estes documentos ou acordos assinados por ocasião da visita de Emmanuel Macron, poderão dar um impulso ao desenvolvimento da economia angolana, sobretudo no sector agrícola que foi bastante destacado. Falando em entrevista a este jornal, Osvaldo Mboco disse que espera uma boa execução dos acordos em causa.
“É fundamental que esses acordos de facto tenham pernas para andar e sejam exequíveis. A construção de um satélite para a identificação do solo angolano, por exemplo, poderá ajudar muito na própria progressão do país”, disse. Osvaldo Mboco entende que a visita de Macron, olhando para a delegação de empresários que o acompanhou, e, para aquilo que foram os discursos dos dois estadistas, poderá resultar numa boa parceria para ambos os países, no que respeita à identificação de áreas de investimento e financiamento, e ainda na atracção de investimentos que Angola procura fazer.
“O Estado francês entende que é crucial diversificar a sua base de investimento em Angola, porque há um estudo que mostra as potencialidades agrícolas que o país tem em termos de solo arável, riqueza hidrográfica, e um clima bastante favorável para a agricultura, e, sendo a França a maior potência agrícola da Europa Ocidental, isso faz com os franceses tenham interesse em investir em Angola nesse domínio”, sublinhou.
Angola reafirma interesse na parceria com a França
O Presidente da República João Lourenço reiterou o interesse de Angola em continuar a cooperar com a França nos mais diversos domínios, nomeadamente no da agricultura, da agro- pecuária, da transformação dos produtos do campo, das pescas, do turismo, da energia, da educação e no domínio da paz e da segurança.
João Lourenço afirmou que a visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, serviu de oportunidade para relançar e estreitar cada vez mais os laços de amizade e de cooperação entre os dois países. Já o Presidente francês, Emmanuel Macron entende que foi mar- cada uma nova etapa na cooperação Angola -França em todos os sectores.
“Nós pensamos que vai ser uma parceria equilibrada e recíproca, onde todos poderão ter a oportunidade de participar”, disse Macron, garantindo o seu apoio às iniciativas de Angola para a melhoria do ambiente de negócios. Macron garantiu ainda que dará um empréstimo de 200 milhões de euros através da Agência Francesa para o Desenvolvimento. Enalteceu, também, o papel estratégico que Angola tem desempenhado na pacificação da região dos Grandes Lagos e no mundo.