O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, demonstrou ontem, Terça-feira, o apoio à integridade territorial e a independência do Cazaquistão, numa visita que efectuou ao país da Ásia Central, noticiou a Lusa
“Os Estados Unidos apoiam f o r t e m e n – te a soberania, a integridade territorial e a independência do Cazaquistão”, disse Blinken ao ministro dos Negórios Estrangeiros cazaque, Mukhtar Tleouberdi.
A visita a Astana, no final da semana, à capital do Uzbequistão, Tashkent, marcam a primeira viagem à Ásia Central de Blinken como secretário de Estado realizouse poucos dias depois do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
“Neste momento particular, estas palavras têm ainda mais impacto do que o habitual”, acrescentou o responsável norte-americano.
Blinken reuniu-se também com o Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, estando ainda previsto, durante o dia, um encontro do grupo C5+1, formado pelos EUA e cinco ex-repúblicas soviéticas, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
Nenhuma das cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, tradicionalmente vistas como parte da esfera de influência da Rússia, apoiou publicamente a invasão russa.
O Cazaquistão recebeu dezenas de milhares de russos que fugiram à convocação militar no Outono passado, tendo o Presidente do país falado ao telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, três vezes desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, em Fevereiro do ano passado, e pedido uma resolução diplomática do conflito, de acordo “com a carta das Nações Unidas e as normas comummente aceites do direito internacional”.
No entanto, estas cinco repúblicas da Ásia Central, juntamente com a Índia, que Blinken vai visitar posteriormente, abstiveram-se numa votação na última semana, na As sembleia Geral da ONU, para condenar a invasão.
As autoridades dos EUA esperam que Blinken possa convencer os países da Ásia Central de que a invasão russa da Ucrânia constitui uma ameaça também para estas nações.