O avançado estado de degradação das estradas que dão acesso às comunas de Quihuhu e Quinguengue e à sede de Massango, está a condicionar o desenvolvimento sócio-económico do município, face à limitação das trocas comerciais e da circulação de pessoas e bens.
Aliado a isso, está também a problemática das ravinas que vêm surgindo há já alguns anos na região, afectando estradas e outras infra-estruturas.
A informação foi prestada, ontem, pelo administrador municipal de Massango, Luís João José, tendo realçado que por esse facto, muitas acções e serviços caminham de forma lenta, afectando o modo de vida dos munícipes.
Destacou que a agricultura é o sector de cartaz nesta altura, sendo que a população sobrevive, essencialmente, desta actividade, mas ainda assim com algum constrangimento porque o acesso aos campos de cultivo e o escoamento de produtos também estão limitados por conta das estradas.
Lembrou que o município faz fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), a 128 quilómetros, uma distância que permite impulsionar as trocas comerciais com aquele país, o que não se concretiza devido à degradação das estradas.
Disse haver um projecto de desenvolvimento do comércio fronteiriço com a província congolesa de Bandundu, que serviria para reforçar os laços de cooperação entre Angola e a RDC, no domínio do comércio e outras áreas, mas infelizmente esse processo também está condicionado ao estado das infra-estruturas rodoviárias. Situado a 215 quilómetros da cidade de Malanje, o município de Massango conta com uma população maioritariamente camponesa estimada em mais de 25 mil habitantes e compreende as comunas de Quihuhu e Quinguengue.