Conforme o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) havia anunciado, depois das rondas negociais com o Governo, no final de 2022, que, no caso de este não satisfazer os pontos fracturantes sobre o aumento do salário e a garantia de seguro de saúde, haveria greve a partir de hoje.
O secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, anunciou que a classe docente do ensino superior público entra em greve, a partir de hoje, por tempo indeterminado, pelo facto de não ver atendida, a seu favor, os principais pontos das preocupações apresentadas, durante as rondas negociais. “Para os que gostam de questionar sobre assembleias, devo esclarecer que a greve não está a ser decretada, porque a mesma tinha sido interpola- da, sendo que agora estamos a cumprir com a terceira fase dessa interpolação”, explicou o secretário, tendo acrescentado que, se fosse levantamento, é que o sindicato teria a obrigação de convocação de uma assembleia geral.
Referindo-se em detalhe sobre os considerados pontos fracturantes, Peres Alberto especificou que a falta de aumento de salário e de seguro de saúde estão na base da decisão do SINPES, que não abandona o foco da proposta remuneratória na ordem de dois milhões e 600 mil Kwanzas para o professor catedrático e um milhão e 500 para o professor assistente estagiário.
Finalmente, o responsável disse que a sua força sindical se cinge no cumprimento de rigor da deliberação número dois da assembleia geral extraordinária de 20 de Maio de 2022, que orienta a retomada da greve, no dia 27 de Fevereiro de 2023, a partir das sete horas e 30 minutos, pela insatisfação de qualquer dos pontos fracturantes constantes do memorando de entendimento de 17 de Novembro de 2021.