A Polícia anunciou ontem, Terça-feira, 21, ter desmantelado um grupo constituído por quatro adultos e 14 menores, alegadamente responsável pela destruição de campas de cemitérios e pelo furto de objectos em cadáveres, no Sul do país
De acordo com a Polícia Nacional de Angola, o grupo actuava na província do Namibe e as detenções foram realizadas na Sextafeira, em conjunto com o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
A profanação afectava nomeadamente o cemitério municipal de Moçâmedes, capital da província do Namibe, segundo as autoridades policiais. “Os supostos marginais quebravam as campas e delas retiravam peças em cobre e bronze, para comercializá-las”, descreveu a Polícia.
Os 14 menores detidos na operação foram, entretanto, entregues aos pais, enquanto decorre o processo para serem encaminhados ao Julgado de Menores do Tribunal Provincial do Namibe. A 7 de Novembro, numa outra operação do género, realizada na província vizinha da Huíla, a Polícia Nacional anunciou a detenção de outros três jovens angolanos acusados da prática de furto e profanação em cemitérios.
De acordo com informação oficial da Polícia Nacional, a detenção ocorreu no cemitério do bairro Mitcha, na cidade do Lubango, quando os três homens “foram surpreendidos pelas forças policiais na posse de um crânio humano”, dentro de uma pasta.
Os três jovens detidos nesta investigação têm idades entre os 18 e os 27 anos, o mais velho dos quais funcionário do próprio cemitério. A Polícia não adiantou mais pormenores sobre a motivação dos infactores, mas podem ser rituais de feitiçaria para tratar problemas vários como disfunções sexuais, saúde ou dinheiro, recorrendo por exemplo a órgãos ou ossadas humanas.