Traficantes de divisas no mercado negro no Sudão e os que traficam o ouro e produtossubvencionados para os países vizinhos correm o risco de ser acusados de financiar o terrorismo, anunciou ontem, Segunda-feira, o governo sudanês
Após reunir-se com altos responsáveis do Governo, sob a presidência do Presidente Omar Bashir, o ministro das Finanças e Planeamento Económico, Mohamed Osman Rikkabi, declarou que, independentemente da sua posição e do seu estatuto, qualquer sudanês preso no contexto do tráfico e do contrabando de produtos será acusado de financiar o terrorismo.
O governo decidiu que as acusações de financiamento do terrorismo serão as mais graves contra traficantes no mercado negro, preveniu Rikkabi. Pessoas implicadas em tais práticas, das quais o tráfico de ouro ou a falsificação no pagamento dos impostos para a exportação, serão objecto de acusações de sabotagem da economia nacional, de financiamento do terrorismo e de branqueamento de dinheiro.
Segundo Rikkabi, na semana passada, a libra sudanesa perdeu drasticamente o seu peso em relação ao dólar americano que se vendia por 28 libras sudanesas no mercado negro. Por conseguinte, prosseguiu, o Banco Central do Sudão vai doravante supervisionar todas as compras no estrangeiro efectuadas pelas empresas nacionais, devendo os bancos locais dirigir os seus financiamentos para setores de produção. No entanto, as viagens para o estrangeiro pelos responsáveis do Governo serão estritamente controladas e far-se-ão apenas em caso de extrema necessidade, com a anuência do Conselho de Ministros.
O governante sudanês indicou que haverá um limite para as transferências de dinheiro via as empresas de telefonia móvel em consonância com o Banco Central e a Autoridade Nacional das Telecomunicações.