O ministro do Interior procedeu ontem, Terça-feira, na sede deste órgão governamental, à apresentação do novo comandante-geral da PN, comissário-geral Alfredo Mingas, e outros responsáveis deste departamento ministerial
Por: Maria Custódia
Ângelo Veiga Tavares recomendou ao novo comandante geral da Polícia Nacional o apoio de todos os efectivos, de modo a tornar a corporação mais operativa na zona suburbana da província de Luanda.
Acrescentou que se nas outras províncias a situação é calma, Luanda merece uma atenção particular.
“Gostaria que essa particularidade se sentisse mais nas zonas suburbanas, onde, tendo em conta as dificuldades inúmeras de falta de energia e a própria desurbanização, fazem com que aconteçam alguns crimes que, mesmo não sendo violentos, acabam por tocar de forma profunda aqueles cidadãos de baixa renda, cujos meios roubados acabam por criar e aumentar as suas maiores dificuldades”, frisou.
A prevenção da delinquência, sinistralidade rodoviária e o combate ao crime vão manter-se como base da actuação da Polícia Nacional, segundo o ora empossado comandante geral da corporação, comissário geral Alfredo Mingas.
A nova direcção dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) apelou à união de esforços no sentido de melhorar a imagem pública que este serviço tem. Por este facto, solicitou que o novo director seja apoiado por todos os quadros daquela instituição.
A nível do sistema penitenciário, a recomendação foi a necessidade de se procurar humanizar os serviços, passando necessariamente pela conclusão das obras dos estabelecimentos que estão numa fase de execução física bastante avançada e superiormente autorizado.
O titular acrescentou que do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros espera passos no sentido de melhorar a capacidade de resposta do Sistema Integrado de Segurança Pública.
Apelou à corporação, na qualidade de servidora do Estado, a entregar-se de corpo e alma para o engrandecimento do país e a dar cumprimento às orientações fundamentais do Estado, algumas sublinhadas pelo Presidente da República, como o combate à imigração ilegal, ao tráfico de drogas, de moeda externa e dos crimes violentos.
Ministro desmente algumas informações
O responsável apelou e tranquilizou a população de que 99% das notícias que circulam nas redes sociais e que envolvem o Serviço de Investigação Criminal (SIC) são falsificadas por pessoas de má-fé que pretendem manchar o bom nome e a imagem de outros. Acrescentou que constam nas notícias falsas perspectivas de detenções, falsas audições de algumas entidades com alguns cargos de relevo.
Referiu que o SIC não demitiu ninguém por postar fotografias de locais de crime, visto que essas fotografias não fazem parte do processo criminal, razão pela qual não advêm do SIC. “Ao ministro do Interior não foram dados dias nenhuns.
O ministro do Interior entrou há dias e pode sair a qualquer momento. Tudo isso é passado por pessoas de má-fé que colocam nas redes sociais. Eu gostaria de dizer e reiterar que o Serviço de Investigação Criminal certamente irá definir que 99% destas informações são completamente falsas”, frisou.
Disse ainda que, infelizmente, e de forma pouco ética e irresponsável, alguns órgãos de comunicação social estão a deixar- se levar e passaram a ser a caixa de-ressonância dessas pessoas que considerou de má-fé.
Apelou a estes órgãos a terem cautela no tratamento dessas questões e procurar por informações junto de fontes seguras. Considerou que para isto é preciso uma maior abertura por parte da instituição na colocação de informações à disposição dos jornalistas.
Ambrósio de Lemos Sobre o ex-comandante geral da Policia
Ambrósio de Lemos, considerou ter chegado o descanso do “guerreiro”, acrescentando que a sua trajectória deve servir de inspiração aos quadros da Polícia Nacional e não só. “Um descanso merecido, visto que durante décadas deu o seu melhor para o engrandecimento da corporação e para o aconsolidação da paz”.
Novos membros do MININT
O comissário Gil Famoso, nomeado para chefiar o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), disse que vai dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, como a intensificação do combate à imigração ilegal, que constitui uma grande preocupação e prioridade, bem como a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.
Por outro lado, o comissário dos serviços prisionais, Jorge de Mendonça Pereira, disse que é fundamental direccionar-se as acções na formação dos agentes prisionais, bem como a criação de condições de saúde, educação e de formação para os presos. Segundo a alta patente, o trabalho na perspectiva da humanização será feito e as grandes linhas daquele sector têm a ver com a criação de condições para o aumento de condições de habitabilidade para os reclusos.
Já o comandante do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Bênção Cavila, apontou como prioridade a redução de riscos e desastres, o cuidado a ter com o manejamento do bem público, a disciplina e rigor na atenção que se deve dar aos meios públicos.
No quadro das recentes nomeações, o Presidente da República, João Lourenço, indicou o comissário prisional principal, Jorge de Mendonça Pereira, ex-inspectorgeral adjunto do Ministério do Interior, como novo director do Serviço Penitenciário, enquanto que o comissário Gil Famoso, antigo comandante provincial da PN no Huambo, dirige agora o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).
O comissário António Vicente Gimbe, que dirigiu o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, foi nomeado para exercer o cargo de delegado do Interior e comandante provincial da Polícia Nacional no Bié, em substituição do comissário Eduardo Cerqueira, transferido para a província do Huambo para exercer funções similares.