Várias mulheres togolesas, todas vestidas de preto, manifestaram- se nas ruas da capital do país, Lomé, para exigir mudança e reformas políticas profundas no Togo, constatou a PANA no local
Todas de preto e com utensílios de cozinha na mão, elas manifestaram-se para reclamar por reformas institucionais e constitucionais que, segundo elas, são indispensáveis para uma alternância pacífica e o desenvolvimento do país. “Nós estamos agora decididas.
Não vamos parar as manifestações se a situação não mudar no Togo”, afirmaram as mulheres, prometendo “assumir a vanguarda da luta se os homens se enfraquecerem”.
A marcha foi uma oportunidade para os manifestantes deplorarem a política do regime de Faure Gnassingbé, que “não trabalha para a emancipação dos togoleses”. Elas denunciaram a situação da saúde, da educação e sobretudo do clima de negócios que não pressagiam futuro radioso algum para os comerciantes do país. “As mulheres togolesas (…) exigem o desbloquear das instituições, bem como profundas mudanças no país”, afirmou Isabelle Manavi Améganvi, vice-presidente da Aliança Nacional para a Mudança (ANC), que exige ao Presidente da República “ouvir as mulheres, que constituem uma camada importante da sociedade togolesa”. As mulheres, continuaram a manifestar-se ao lado dos homens.
No Sábado, decidiram sair sozinhas às ruas para manifestar a sua determinação por uma mudança no Togo. Vários líderes da Oposição assistiram à manifestação sem tomar a palavra. O Togo, lembre-se, atravessa uma crise política há mais de cinco meses, na sequência das exigências da Oposição que reclama por reformas constitucionais.
O diálogo previsto desde Novembro passado para resolver a crise está no impasse, apesar da promessa feita, na semana passada, pela Guiné-Conakry e pelo Gana para oferecer uma mediação para reunir o poder instituído e a Oposição em torno de uma mesa de negociações.