Trezentos e vinte cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, que se dedicavam ao abate de árvores em grande escala, para o fabrico de carvão vegetal, foram detidos no Sábado pela Polícia Nacional, no município do Soyo, província do Zaire.
Os supostos marginais, cidadãos angolanos e da República Democrática do Congo (RDC), foram detidos no decorrer de uma microoperação conjunta entre efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas (FAA), levada a cabo nas localidades de Kinguila e Lumueno, arredores do município do Soyo. Em declarações à Angop, ontem, o porta-voz da referida operação, cujo nome não foi citado, informou que o abate desenfreado de recursos florestais por parte de cidadãos nacionais e estrangeiros ilegais, tem sido uma das preocupações das autoridades locais, a julgar pelo impacto negativo à flora e fauna da região.
“Essa actividade cria danos incalculáveis à fauna e flora, pois reduz a quantidade de árvores e provoca a deslocação massiva de aves para outras regiões”, realçou.
Esclareceu que tal desflorestação não é acompanhada pela reflorestação, pois a lei diz que o corte de uma árvore deve dar origem à plantação de outras três. Advertiu, por outro lado, que relacionaos cidadãos nacionais envolvidos nessa prática serão responsabilizados criminalmente, pois para além da devastação da flora incorrerem também no crime de auxílio e promoção à imigração ilegal.
Quanto aos estrangeiros, a fonte disse que estes serão igualmente penalizados e expulsos para o país de origem, RDC. Durante a operação foram apreendidos diversos meios e bens que se encontravam na posse desses cidadãos, com destaque para moto-serras, fornos de fabrico de carvão vegetal, motorizadas, bens alimentares e quantidades consideráveis de carvão.