O Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla procedeu, recentemente, ao desmantelamento de uma rede de prostituição que actuava nas imediações da maternidade do Lubango, concretamente no conhecido Prédio Sujo, composta maioritariamente por menores de 17 anos de idade. O gestor do grupo, um cidadão de 42 anos, foi detido na referida operação
A apresentação pública dos integrantes da referida rede, composta por 12 cidadãs, com idades compreendidas entre os 17 e os 30 anos, aconteceu ontem, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, no âmbito da apresentação dos resultados da operação denominada “Focos”, iniciada no dia 20 do mês passado.
Segundo o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla, inspector-chefe Fernando Tongo, foi detido um cidadão de 42 anos de idade que supostamente actuava como cafetão (intermediário ou gestor deste tipo de negócio).
As 12 cidadãs, todas de nacionalidade angolana, não se encontram detidas, foram apenas recolhidas para efeito de catalogação, já que a actividade que as mesmas desempenham, segundo o inspector-chefe, não é tipificada como crime a nível no Código Penal angolano. “No âmbito desta operação, foram recolhidas 12 cidadãs nacionais que se dedicavam à prática de prostituição no famoso prédio Sujo e outros pontos da cidade do Lubango.
Elas não estão detidas, estão apenas recolhidas para que posteriormente sejam catalogadas e postas em liberdade, porque temos estado a receber muitas denúncias, que através desta prática acontecem outros crimes”, disse. Entretanto, a prostituição na província da Huíla tem alcançado contornos alarmantes, desde a feita em locais públicos, como ruas e avenidas da cidade do Lubango, bem como em casas específicas para o efeito.
Esta prática é ainda constante em alguns estabelecimentos de ensino, principalmente os universitários, segundo o que se constata. Na mesma operação foram detidos ainda 29 cidadãos com idades compreendidas entre os 17 e os 42 anos de idade, como presumíveis autores de diversos crimes com destaque para as ofensas corporais, roubos, furtos, tráfico e consumo de cannabis. Fernando Tongo informou que a operação iniciada no dia 20 de Janeiro, e que foi intensificada, na última Sexta-feira, permitiu a apreensão de uma arma de fogo, 3.132 armas brancas, entre facas, chaves-de-fenda e porrinhos.
Segundo o porta-voz, com esta operação, que abrangeu os bairros da Lalula, Bula Matady, Nambambe, Kuawa, Mitcha e Tchioco, foi também possível apreender 50 motorizadas supostamente roubadas ou furtadas. “Por este facto, queremos aqui informar que todo aquele cidadão que eventualmente sentir a ausência da sua motorizada, que lhe foi roubada ou furtada, que se dirija à Unidade de Reacção e Patrulhamento, para que possa reconhecer e reaver o seu meio. Para que tal aconteça, é necessário que o suposto proprietário apresente provas que fazem fé da titularidade do meio” alertou.