O balão cruzou os céus do Alasca e do Canadá, aparecendo depois no Estado norteamericano do Montana, que abriga estruturas com mísseis nucleares.
Após ter sido atingido por um caça e os destroços recuperados na costa de Myrtle Beach, na Carolina do Sul, fontes norte-americanas, citadas na imprensa internacional, apoiam-se em dados extraídos do balão para concluir que se trata de um engenho militar.
As autoridades dos Estados Unidos insistem que o balão partiu de Hainan, uma ilha no Sul da China que abriga uma base militar naval.
Acrescentam que o dispositivo tinha por objectivo recolher informações sobre territórios estrategicamente relevantes como o Japão, Índia, Taiwan e Filipinas.
A operação militar terá envolvido tecnologia de uma empresa privada chinesa que faz parte do aparato de fusão militar-civil da China, avançou o Washington Post.
Pequim já negou a aplicação militar deste e de outros balões, que, entretanto, foram avistados sobre a Costa Rica e a Venezuela, para fins de vigilância.
A China tem argumentado que o “dirigível é para uso civil e entrou nos EUA devido a força maior foi absolutamente um acidente”.
Fonte da Administração Biden, citada na estação televisiva norte-americana CBS, garantiu que as secretas dos EUA acreditam que o balão faz parte de um “programa de vigilância aérea executado pelo Exército de Libertação Popular de Hainan”.
Os Estados Unidos alertaram 40 países aliados sobre a alegada espionagem.
A vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, partilhou informação com cerca de 150 diplomatas estrangeiros em simultâneo, com a embaixada norte-americana em Pequim, para divulgar as novas descobertas sobre o balão.