Foi a precisamente há um ano que o preço do barril de petróleo deu sinais positivos que animaram as economias petro dependentes, incluindo a angolana. Guerra na Ucrânia foi um dos principais factores impulsionador da commoditie
Passados 12 meses o mercado regista uma variação em baixa, pois a 06 de Fevereiro de 2022 o preço do encerramento das vendas foi de USD 92,69 cêntimos, ten- do atingido uma variação máxima de USD 94. Ontem, 06 de Fevereiro de 2023, o produto registava variação USD 79/80, o que significa desvalorização de USD 12 se comparado com o período homólogo do ano passado.
Ainda assim, o mercado petrolífero segue animado com o barril de Brent, referência para as ex- portações de Angola, a variar nos 80 dólares. Angola, por exemplo, fixou no Orçamento Geral do Estado, a ser provado em breve, o preço de cada barril de petróleo em 75. Em 2022, o mercado energético foi animado pelo início do conflito armado Rússia/Ucrânia, que resultou na aplicação de um pacote de sanções contra a Rússia, retirando o petróleo deste país do mercado Europeu e não só. O facto permitiu uma subida considerável da matéria-prima, que mais tarde foi contornada por via da Índia, que passou a ser o mercado preferencial dos russos.
Revisão orçamental
O quadro vem se mostrando positivo face as contas de Angola há algum tempo. Em face disso, a oposição “reivindicava” uma revisão orçamental no ano passado. O certo é que perante as insistências da oposição para uma revisão do OGE, nada foi alterado. A subida do preço do barril do petróleo ajudou ainda a desafogar as contas da governação que se via aflita desde a chegada ao poder de João Lourenço, em 2017, pois o principal produto de exportação e suporte do OGE estava em baixa considerável, colocando em causa a arrecadação de receitas para financiar várias iniciativas, sobretudo alavancar o processo de diversificação económica, uma das bandeiras do Executivo.
Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis indica que a produção de petróleo de Angola para no mês de Dezembro do ano passado foi de 33. 711.678 barris, correspondendo a uma média diária de 1. 087.473 barris de petróleo (BOPD) contra 1.182 407 BOPD previsto. A produção de gás associa- do durante o mesmo período foi de 75.723 milhões de pés cúbicos, correspondente a uma média diária de 2.443 milhões de pés cúbicos (MMSCFD), sendo 1.143 MMSCFD injectados, 740 MMSCFD disponibilizados para a fábrica de ALNG, 301 MMSCFD para geração de energia nas instalações petrolíferas e remanescente usado nas operações e escoamento do petróleo.
Quedas na produção mundial
De acordo com o portal “O PETRÓLEO”, a produção de petróleo bruto da Opep caiu em Janeiro em cerca de 60.000 barris por dia (bpd) devido a cortes do maior produtor, a Arábia Saudita, que podem ter sido mais acentuados do que a cota do Reino. O portal que cita uma notícia da Bloomberg refere ainda que to- da a organização da OPEP viu a produção de petróleo bruto cair para 29,12 milhões de bpd devido a menor produção da Arábia Saudita e da Líbia, parcialmente compensada por pequenos ganhos entre alguns outros membros