A falta de recursos humanos e de equipamentos como máquinas braille, pautas e réguas, preocupa a direcção da associação regional dos cegos e amblíopes de Angola, disse ontem à Angop a sua responsável e fundadora na região Sul do país, Maria do Céu Perpétua Martinho
Segundo, a ela a insuficiência de professores e de equipamentos condiciona o processo de ensino e aprendizagem nas escolas do ensino especial, apenas sediadas no município do Lubango.
Neste contexto, a associação criou um centro de formação de reabilitação e superação de cegos, localizado no bairro Nambambe, onde foi implementado o sub-sistema do ensino primário, para o ensino do braille, um trabalho que se pretende estender em outras áreas do município do Lubango e a nível das províncias da região Sul.
Actualmente existem alguns centros de formação em brail-comile, como a escola de formação de professores, no bairro Lucrécia, a Escola 340, e uma escola no bairro do Tchioco junto ao lar da terceira idade. Existem apenas duas máquinas, uma no centro de formação do Nambambe e outra na escola do ensino especial, mas as mesmas encontram- se debilitadas por falta de manutenção e desgastadas pelo tempo. Perto de 300 alunos são matriculados anualmente no centro de formação “Elavoko”, em braille.
O braille é constituído por 64 sinais, gravados em relevo no papel, obtidos pela combinação sistemática de seis pontos que, na sua forma fundamental, se agrupam em duas filas verticais e justapostas de três pontos.