O projecto de recuperação de um total de 30 mil árvores, na floresta de Nossa Senhor, está a contribuir para o regresso de várias espécies animais neste que é considerado o pulmão da cidade de Lubango, província da Huíla
Um projecto implementado pela fábrica de Água Preciosa, de recuperação da floresta nativa da Nossa Senhora do Monte, permitiu recuperar mais de 30 mil árvores de diferentes espécies nesta parcela de terra na cidade capital da província da Huíla.
O trabalho feito permitiu o retorno de várias espécies animais entre aves, répteis e mamíferos, naquele que é o seu habitat. De acordo com PCA da referida fábrica, Waldemar Ribeiro, neste projecto não plantaram, apena recuperaram de forma natural, com a protecção, durante 10 anos e elas cresceram naturalmente.
“Com elas estão a retornar vários animais que tinham deixado a floresta porque eram caçados. Era bom que cada empresa pudesse fazer o mesmo, porque nós estamos a perder a nossa cortina de vento, estamos a perder o pulmão verde da cidade”, disse. A fábrica está ainda a desenvolver um projecto de plantação, nos municípios de Lubango e Humpata, de cerca de um milhão de árvores de diversas espécies.
A acção enquadra-se nos três projectos que a empresa possui no âmbito do cumprimento da responsabilidade social corporativa, nomeadamente a plantação de um milhão de árvores, replantar o Lubango e proteger a floresta nativa da Nossa Senhora do Monte. No projecto de plantação de um milhão de árvores, em toda a província da Huíla, já foram plantadas um total de 4.500 árvores.
Este projecto abrangerá a plantação de árvores em alguns bairros periféricos dos municípios citados. Para a sua execução, Walde- mar Ribeiro informou que conta com o apoio das Administrações dos bairros, do Conselho Provincial da Juventude e da Academia de Autores da Huíla e o Instituto de Ciências da Educação (ISCED). “Nós fizemos uma parceria com o Instituto de Ciências da Educação (ISCED) para que nos possam ajudar a identificar as espécies de árvores que recuperamos na floresta nativa, porque no seio delas existem plantas medicinais e, com o regresso dos animais, há uma necessidade de estudá-los para determinar de que espécie se trata e tempo de vida”, revelou.
Waldemar Ribeiro é de opinião que os projectos de requalificação de qualquer cidade deve sempre envolver todos os sectores da sociedade, sobretudo os ambientalistas, para definir como preservar e repor o tecido verde das cidades. Segundo o responsável, ainda é possível recuperar o verde que a cidade do Lubango perdeu, desde que se aposte na educação ambiental e se envolva todos os habitantes da capital huilana. “Nós oferecemos, há dois ou três anos, duas mil árvores à administração municipal, mas até aqui não sabemos onde andam e gostaríamos de saber” disse.