As autoridades da província do Huambo trabalham na implementação, este ano, do projecto de conservação da fauna e flora do Morro do Moco, na perspectiva da promoção do turismo interno, soube a ANGOP, essa Terça-feira
A informação foi prestada pela chefe do departamento de Gestão de Resíduos na província do Huambo, Suzana Chissama, à margem da celebração do Dia Nacional do Ambiente, que ontem se assinalou sob o lema “Reutilizar o passado, reciclar o presente e salvar o futuro”.
Segundo a responsável, o projecto em causa aguarda apenas pela aprovação da Assembleia Nacional, para entrar em funcionamento, depois da consulta pública e dos estudos realizados no ponto mais alto do país, com 2 mil e 260 metros de altura.
Referiu que, pela particularidade do Morro do Moco, além da acção de melhorar o ambiente na província, vai, igualmente, contribuir no fomento do turismo interno.
Suzana Chissama pediu, também, o envolvimento das associações ambientais e das universidades locais na luta contra o abate clandestino das árvores, facto que tem prejudicado a fauna e a flora, assim como o crescimento do turismo interno.
Para tal, disse que o gabinete do Ambiente vai apostar na divulgação dos encantos turísticos da região, como o Santuário dos Hipopótamos, no Bailundo, e as aves migratórias, no Mungo, além do reforço da plantação de árvores nas zonas periféricas da província e da educação ambiental da população.
Localizado na comuna do Ussoque, município do Londuimbali, na zona limítrofe com as municipalidades do Ecunha e Ucuma, província do Huambo, o Morro do Moco, uma das Sete Maravilhas de Angola, conserva mitos e valiosos recursos faunísticos e minerais, além de incomparáveis rochas e grutas.
Além de diversos tipos de árvores e animais, entre chimpanzés e cabras do mato, bem como 200 espécies de aves, nascem nele os rios Balombo, Chavassa e um outro com o próprio nome do monte.
A designação Moco deriva da expressão “Omoko”, que em língua nacional umbundu significa faca.
Segundo reza a história, certo dia, um caçador perdeu a sua única faca (omoko) durante a sua actividade no monte, e de regresso à aldeia convidou alguns homens para o ajudarem a encontrar o seu artigo tão valioso para a caça, e de lá nunca mais regressaram.