A seguradora vai alargar o seu leque de lojas e faz uma forte aposta na formação de correctores e mediadores de seguros, que poderão abrir as suas próprias lojas, tanto em Luanda como nas restantes províncias com a marca master e comercializar os seus produtos
Por: Borges Figueira
A aposta da “Master Seguros” para o ano económico de 2018 centra-se na corretagem e mediação de seguros com vista à comercialização dos seus produtos no âmbito da restruturação que está a levar a cabo, disse a OPAÍS o administrador da seguradora Adriano Gomes.
De acordo com o responsável, a Master quer ser uma companhia virada para os corretores e mediadores de seguros, razão pela qual, ao longo de 2018, será alargado o leque de lojas com vista à comercialização dos produtos através destes canais que são o foco da companhia para o presente ano económico. Para o efeito, a firma está a apostar na formação de quadros mediadores com vista ao crescimento do contingente disponível destes profissionais, os quais poderão abrir as suas próprias lojas, tanto em Luanda como nas restantes províncias do país.
O mesmo acontece com os corretores, que poderão abrir lojas em nome da Master e comercializar os produtos da seguradora. “A ideia de lançamento de novos produtos vai ser o foco fundamental da companhia em 2018, porque o mercado que nós queremos atingir são os particulares ou as pessoas com menos capacidades financeiras, então nós queremos criar micro-seguros para podermos incluir cidadãos de todos os níveis da sociedade angolana – por esta razão, ao longo do ano de 2018, iremos de uma forma geral criar novos produtos, bem como novos postos de trabalho directos”, referiu Adriano Gomes.
Segundo o administrador da Master Seguros, paralelamente aos novos produtos que acabam de ser lançados pela companhia, brevemente serão colocados no mercseguros, um tipo de seguro com coberturas mais reduzidas e de baixo custo, virado para o seguro de pequenos bens, como telefones celulares e computadores portáteis, entre outros, e que constituirá uma novidade para o mercado angolano.
Questionado sobre os desafios que a actual conjuntura económica que vive o país tem colocado à seguradora, Adriano Gomes, após lembrar que a Master Seguros se enquadra na indústria seguradora que, tal como, de uma forma geral, o país, não tem estado a viver os seus melhores momentos a nível económico, adiantou que a seguradora enfrenta as mesmas dificuldades que vivem as empresas que actuam em Angola, decorrentes da queda do preço do petróleo a nível internacional.
Em 2017 a seguradora registou um crescimento da ordem dos 10%, o qual, mesmo tendo em conta os objectivos almejados pela companhia e pelos seus accionistas, e tendo em conta as condições do mercado, é classificado como consideramos positivo pelo seu administrador. Para Adriano Gomes, o ano de 2017 ficou marcado pela formação e o reforço do posicionamento da Master, em linha com o objectivo fixado pela seguradora, tendo centrado a sua aposta na criação de novos produtos, assim como na formação dos colaboradores e no posicionamento da companhia no mercado.
“Onde quer a Master posicionar-se no mercado das seguradoras e quem são os seus potenciais clientes, que tipos de produtos é que quer começar a trabalhar a partir de 2018? A resposta a estas questões, conjugada com a dinâmica do mercado, fez com que a Master conseguisse ter o posicionamento que definiu, para que agora, já em 2018, consigamos trabalhar e visualizar a questão económica e o crescimento da própria companhia em si”, referiu.
Em 2018 a companhia tem como principais objectivos aumentar o número de produtos, com destaque para os virados para o cidadão comum que tem dificuldade em aceder ao seguro, e ampliar, de uma forma geral, a penetração dos seguros nos potenciais clientes, oferecendo produtos inovadores, acrescentou.
Em 2017 a companhia melhorou os seus produtos e criou outros, com destaque para o seguro académico, virado para as universidades, cuja cobertura abrange a perda de emprego e infortúnio familiar. Tratase de um produto inovador no mercado angolano, com um prémio que vai ao encontro da capacidade financeira dos estudantes universitários. Além disso melhorou o seguro escolar com que passou a cobrir os casos de infortúnio familiar ou o desemprego do patrocinador.