No âmbito das celebrações do Centenário de Eugénio de Andrade, o Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, junta-se a causa através da rubrica “Escritordomes”, que acontece hoje, às 17 horas, no Auditório Pepetela.
A iniciativa que se destina a promover os autores literários que escrevem em língua portuguesa, nesta que é a sua 1.ª edição, conta com a produção da agência criativa Art Sem Letra.
O evento contará ainda com a participação especial da Escola Camilo Castelo Branco, com a presença da professora de Língua Portuguesa, Carla Figueiras. Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 no Fundão.
Manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de actividade poética.
Revelou-se, em 1948, com “As mãos e os frutos”, a que se seguiria, em 1950, “Os amantes sem dinheiro”.
Os seus livros foram traduzidos em muitos países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles o Prémio Camões, em 2001.
Morreu a 13 de Junho de 2005 no Porto, cidade que o acolheu mais de metade da sua vida.
Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, Os “Amantes em dinheiro” (1950), “As palavras interditas” (1951), “Escrita da Terra” (1974), “Matéria Solar” (1980), “Rente ao dizer” (1992), “Ofício da paciência” (1994), “O sal da língua” (1995) e “Os lugares do lume” (1998).
Em prosa, publicou “Os afluentes do silênci” (1968), “Rosto precário” (1979) e “À sombra da memória” (1993), além das histórias infantis “História da égua branc” (1977) e “Aquela nuvem e as outras!” (1986).