O actor James Franco, que foi acusado nesta semana por várias mulheres de assédio sexual, descreveu com riqueza de detalhes no livro “Actors Anonymous”, lançado em 2013, como ele seduzia jovens estudantes de actuação.
O livro é uma colecção de contos confessionais escritos por diversos actores, incluindo James Franco. Em um dos capítulos, segundo descreve a revista “Variety”, ele conta como manteve um fluxo constante de parceiras sexuais. “Eu tinha uma rotina em que podia ver uma pessoa diferente a cada noite”, escreveu. No capítulo, ele afirma que suas frequentes viagens permitiam que ele conhecesse mulheres de todas as partes, como Roma, Por tland, Nova York e Los Angeles. “Uma das minhas abordagens favoritas era pedir às garotas que tirassem uma foto comigo e depois me mandassem por e-mail uma cópia.
Desta forma, eu poderia dar os meus contactos rapidamente na frente de uma multidão de fãs e mais tarde poder vêlas”, contou. Um desses casos ocorreu em Toronto, no Canadá, onde ele estava para divulgar o filme “127 Horas”, do qual foi indicado para o Óscar. No livro, Franco conta que uma menina de “boa aparência” pediu uma foto com ele. Mais tarde, ela enviou a imagem por e-mail. Mas era tarde demais porque Franco já estava dormindo com uma garota de Princeton que “se ofereceu no festival”.
O actor também afirma gostar de ser celebridade. “Eu tinha muito sexo. Muito”, disse. “A maioria dos actores tem isso e capitaliza em cima de sua celebridade. É engraçado, muitos caras que se tornaram actores eram tímidos, ou nerds ou sensíveis quando eram jovens. Então, quando eles se tornam famosos, realmente compensam aqueles anos em que foram rejeitados”.
Assédio sexual
As histórias contadas no livro de Franco ganham um contorno crítico no momento em que cinco mulheres o acusaram de má conduta sexual, segundo uma reportagem publicada na Quinta- feira (11) no jornal “Los Angeles Times”. Quatro meninas estudaram na escola de actuação Franco’s Studio 4, fundada em 2014 pelo artista. A quinta disse ao jornal que considerava o actor um “mentor”. A ex-aluna Sarah Tither-Kaplan disse ao jornal que foi escalada para actuar no filme “The Long Home” como prostituta e depois foi chamada para fazer uma cena “bônus” onde representaria uma orgia com Franco simulando sexo oral com diversas mulheres. Em outro momento, as actrizes foram instruídas a fazer topless e a dançar ao redor de Franco, em uma cena que não estava originalmente no roteiro.