A estratégia espacial nacional de Angola está alinhada com as agendas globais de desenvolvimento, nomeadamente a agenda africana 2064 e os objectivos de desenvolvimento sustentáveis das Nações Unidas 2030, anunciou o ministro Mário Oliveira
De acordo com o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, todas estas agendas reconhecem a importância vital que a utilização racional e sustentável que o espaço tem no desenvolvimento socio-económico dos povos e das nações.
A estratégia espacial nacional assenta, segundo o governante, em cinco pilares essenciais, nomeadamente o programa de capacitação, desenvolvimento do segmento espacial e terrestre, criação e crescimento da indústria espacial angolana, afirmação internacional e política espacial. Dentre estes, o programa de capacitação, de acordo com o ministro, é o que maior atenção tem merecido do Executivo.
Neste contexto, afirmou que o país possui mais de 60 profissionais com formação superior em engenharia e tecnologia espacial, formados ao mais alto nível da- quilo que é hoje o estado da arte das ciências espaciais, certifica- dos pela Agência Espacial Europeia, pela NASA e Agência Espacial Russa. De acordo com o ministro, o grau de excelência por estes alcançados mereceu a atenção de instituições internacionais de idoneidade reconhecida, tendo uma especialista angolana sido classificada entre os cem engenheiros mais influentes de África e outros dois classificados entre os 10 melhores jovens com menos de trinta anos na última indústria espacial africana.
Investimento nas telecomunicações
Segundo ainda o ministro Mário Oliveira, Angola tem investido, nos últimos 25 anos, nas redes de fibra óptica, tanto terrestre como submarinas, de micro-ondas e no segmento espacial. O governante referiu igualmente que o país está fortemente empenhado na diversificação da economia e, consequentemente, as suas necessidades de telecomunicações são essenciais para atingir este objectivo.
O sector, disse, está a trabalhar em projectos para expandir a rede nacional de banda larga de fibra óptica, segurança cibernética e modernizar os serviços de saúde e educação impulsionada pelas tecnologias de informação, bem como desenvolver as redes de microndas. Por outro lado, Mário Augusto Oliveira ressaltou que o ANGOSAT-2, satélite angolano, fornecerá serviços na banda C, na banda KU e na banda KA, sistemas que passaram com sucesso no estágio de teste, estando a ser preparada a próxima etapa, que será a comercialização e prestação de serviços.