O Vigário Geral da Arquidiocese de Malanje, Monsenhor Inácio Gonçalves, considerou urgente a democratização das línguas nativas angolanas, com incidência para o Kimbundu, através do seu ensino efectivo nas escolas, sob pena de se perder a identidade cultural e a unidade entre os povos.
O presbítero, que se pronunciava numa missa em saudação aos criadores de arte já falecidos, no âmbito do Dia da Cultura Nacional, assinalada Segunda- feira, realçou que a intenção de inserir as línguas nacionais no sistema de ensino data de algum tempo, e até então, não tem sido concretizada, não obstante terem sido já produzidos manuais para o efeito.
O prelado exortou o Executivo a materializar o referido projecto para que se possam perpetuar as línguas da terra. Por sua vez, o padre Justino Mungandwe enfatizou a importância dos artistas enquanto difussores dos traços identitários, na formação do homem e na promoção da cultura, porque as suas obras fortalecem a intelectualidade.
O padre convidou a juventude a abraçar cada vez mais a sua cultura nas suas mais variadas manifestações, incluindo os hábitos de leitura, por constituir bases para o fortalecimento da Nação. Monsenhor Inácio Gonçalves lembrou que Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, a 8 de Janeiro de 1979, proferiu um discurso em que enalteceu os esforços feitos pela União dos Escritores Angolanos na produção literária em Angola.