As minhas saudações, senhor director do jornal OPAÍS. O basquetebol nacional tem atravessado um momento muito negativo a nível dos campeonatos africanos, perdendo a hegemonia e a essência.
POR: Milton Zumata
Nos últimos 5 anos, a Selecção nacional de Angola não tem mostrado a nível dos africanos o verdadeiro basquetebol que lhe é característico, deixando-se dominar, principalmente, pelas selecções e equipas do Magreb, nomeadamente a Tunísia, Egipto, Marrocos, Argélia e outros países subsarianos como o Senegal e a Nigéria.
É de realçar que a selecção nacional lidera o ranking de títulos, somando um total de 11 taças, tendo dado arranque a essa hegemonia em 1989. Nos últimos 11 campeonatos, a selecção ganhou os seus 10 títulos no Afrobasket, seguido pelo Senegal e o Egipto que o ganharam por cinco vezes. Desde 2013, ano em que Angola venceu o seu último título africano, e até ao momento vem mostrando que atravessa um declínio total.
Prova disso são as exibições que não são de encher os olhos, com erros crassos defensivos e ofensivos, situação que vai preocupando os amantes do basquetebol que querem ver de volta a selecção anterior, dominadora, dinâmica e campeã. Apelo ao Ministério da Juventude e Desporto, especialmente à Federação Angolana de Basquetebol (FAB) e à direcção dos clubes, que se realmente quiserem mudar a ruína em que o nosso basquetebol caiu, têm de implementar um aumento do número de jogos nos campeonatos nacionais, não só por seniores, mas também nos sub17 e nos sub20. Assim, os clubes estarão devidamente rodados. Desta forma, voltaremos a ter uma selecção forte, ganhadora e com um basquetebol ao mais alto nível.