Um tribunal sul-africano adiou para 26 de Janeiro a audiência para ouvir o pedido de liberdade condicional sob fiança de um moçambicano, detido na África do Sul, suspeito de liderar sequestros em Moçambique, disse ontem fonte oficial à Lusa.
“O caso foi adiado para 26 de Janeiro para uma audiência formal sobre liberdade condicional mediante o pagamento de fiança.
O Estado solicitou um adiamento para finalizar as investigações relacionadas com a audiência sobre liberdade condicional sob fiança”, explicou à Lusa a porta-voz da Autoridade Nacional de Acusação (NPA, na sigla em inglês), Phindi Mjonondwane.
Esmael Maulide Ramos Nangy, de 50 anos, compareceu pela segunda vez no Tribunal de Magistrados de Tembisa, arredores de Joanesburgo, na Segunda-feira, segundo disse uma porta-voz do comando nacional da Polícia Sul-Africana (SAPS, na sigla em inglês), salientando também que o caso foi adiado para o próximo dia 26 “para pedido de fiança formal”.
O suspeito foi detido, há duas semanas, num condomínio de luxo próximo de Pretória, a capital do país, com base num mandado de prisão e com pedido de extradição do Governo de Moçambique, informou à Lusa a polícia sul-africana.
A polícia apreendeu na sua posse uma arma de fogo 9mm licenciada, catorze munições de 9mm, cinco telemóveis, vários cartões bancários de bancos sul-africanos, bem como vários cartões SIM moçambicanos e sul-africanos, segundo a polícia sul-africana.
O homem moçambicano detido na África do Sul é acusado pelas autoridades de Maputo de, alegadamente, liderar um grupo que fazia sequestros com pedidos de resgate em Moçambique, enfrentando uma pena de prisão de mais de 20 anos, segundo o mandado de detenção a que a Lusa teve acesso.
O advogado sul-africano Calvin Maile, que defende o suposto líder neste caso, refutou as acusações das autoridades moçambicanas na primeira audiência no Tribunal da Magistratura de Tembisa.