O Comité Laico de Coordenação (CLC) insistiu no carácter pacífico da marcha popular que convocou para 31 de Dezembro de 2017, na República Democrática do Congo.
“A população deve manifestar-se pacificamente nas ruas, bairros e paróquias para reivindicar a liberdade, a nossa dignidade e a prosperidade a que temos todos direito”, indicou o CLC, num comunicado transmitido recentemente à PANA, em Kinshasa. Na nota de advertência assinada conjuntamente pelos professores Thierry Nlandu Mayamba e Isidore Ndaywel E. Nziem, o CLC convida igualmente a população a “não aceitar nenhuma forma de violência”.
“Nada de pneus queimados, nada de barricadas, nada de declarações violentas, nem injuriosas, nada de apedrejamentos, nem outros projéteis, nada de actos de vandalismo (…)”, sublinhou, antes de convidar os cristãos a marchar rezando e entoando cânticos e outros exibindo ramos da paz. O CLP apela à Polícia Nacional Congolesa (PNC) e a outros agentes dos serviços de segurança para não considerar a população como seus inimigos e vice-versa, mas para protegê-la e enquadrá-la durante o seu percurso.
A 2 de Dezembro de 2017, o CLC exortou num comunicado a população a marchar, a 31 de Dezembro de 2017, para reclamar pelo respeito do acordo de São Silvestre. Trata-se de cumprir condições prévias para eleições realmente credíveis, nomeadamente a libertação incondicional dos prisioneiros políticos, o fim do exílio dos opositores ameaçados de detenção no seu regresso ao país, a liberalização dos espaços mediáticos e o fim do exílio dos partidos políticos.
Fazem ainda parte das condições prévias a reestruturação da CENI (Comissão Eleitoral Nacional Independente) para restabelecer a confiança entre o eleitorado e a instituição organizadora das eleições, a confirmação da vontade do chefe de Estado de não disputar um terceiro mandato como o exige a Constituição para tranquilizar a opinião.