Responsável pela construção do Novo Porto do Caio, Cabinda, a China Road and Bridge Corporation (CRBC), sucursal em Angola, está no país desde 2004, tendo estado envolvida em mais de 160 empreitadas.
O vice-director da empresa, Du Bo, avança que estão engajados nos projectos do Novo Complexo Urbano da Marginal da Corimba, da Estrada da Marginal da Corimba de Luanda, que considera de grande importância para o desenvolvimento económico e social.
Actualmente asseguram 3.000 postos de trabalho.
Instalados no país desde 2004, como encarram o mercado angolano?
Com a dissipação gradual da epidemia e do seu impacto, fruto da subida do preço do petróleo, da estratégia de desenvolvimento diversificada, vigorosamente, promovida pelo Governo, e da política fiscal relativamente contida e saudável, o nível da dívida de Angola foi fortemente reduzido, o nível de endividamento de Angola tem diminuído consideravelmente, atraindo cada vez mais instituições financeiras internacionais e investidores privados, e o mercado local está, gradualmente, a recuperar.
Mas, ao mesmo tempo, o afluxo de grandes empresas internacionais e a força crescente das empresas locais resultaram também num mercado mais competitivo.
O que mais lhes atraiu no mercado angolano?
As boas perspectivas de mercado e um enorme potencial de desenvolvimento no continente africano, especialmente em Angola.
Por exemplo, no meio da nova transição energética que está a prevalecer no mundo, Angola tem um vasto território e uma grande população, e é rico em luz solar, litoral, recursos hídricos e vários recursos minerais, sendo que essas condições favoráveis de recursos naturais representam uma vantagem única na cadeia produtiva de energia renovável.
O que representa para vocês estar na construção da Porto de Caio em Cabinda?
Em primeiro lugar, significa que o nosso negócio em Angola atingiu uma nova altura.
Desde que a nossa empresa entrou no mercado angolano, em 2004, já realizou mais de 160 projectos no total, sendo o maior projecto deles o Novo Porto do Caio, também considerada uma das maiores infraestruturas locais, em Angola.
É por meio da implementação desses empreendimentos de envergadura que a CRBC estabeleceu-se, hoje, como um dos principais empreiteiros internacionais.
Em segundo lugar, significa que atingimos uma nova profundidade de integração com a região local.
O novo Porto do Caio é de grande importância para Cabinda e para Angola, e a conclusão das suas obras vai abrir a porta para a descolagem económica, facilitando grandemente a exportação de produtos e recursos locais, bem como a importação de mercadorias, proporcionando oportunidades para actividades comerciais de serviços logísticos baseados em contentores e serviço de carga a granel na província de Cabinda, e contribuindo para acelerar o desenvolvimento socioeconómico de Cabinda e de Angola.
Em terceiro lugar, significa que desempenhamos um novo papel na cooperação sino-angolana.
A construção do Novo Porto do Caio, financiado com fundos chineses, foi altamente valorizada e apoiada pelos governos chinês e angolano, e a implementação deste empreendimento levou a uma cooperação mais profunda e abrangente entre a China e Angola.
Pode-se também dizer que a nossa parte, CRBC e o projecto do Novo Porto do Caio construíram uma nova ponte de cooperação entre os dois lados.
Isto é uma honra e uma missão, e também nos inspira a criar mais projectos de qualidade para melhor beneficiar o povo de Angola e da China.
Quantas pessoas estão envolvidas na obra do Porto do Caio?
O projecto de Porto do Caio emprega, actualmente, cerca de 550 pessoas, 430 das quais são angolanas, e seguirse-ão mais empregos e oportunidades de emprego à medida que o programa de construção do projecto for sendo programado e a procura de pessoal aumentar.