O ministro dos recursos minerais, petróleo e gás, Diamantino de Azevedo, revelou, em Benguela, à margem da visita do Presidente da Zâmbia Hakainde Hichilema, que aquele país está interessado em obter até 15 por cento da refinaria do Lobito. Em relação ao orçamento global do projecto, o governante disse, à imprensa, ter havido uma baixa provisória do valor inicial, mas não avança números
O titular da pasta dos recursos minerais, petróleos e gás prefere não avançar números, uma vez que os estudos ainda não estão terminados. O ministro Diamantino Azevedo disse que a República da Zâmbia manifestou o interesse em obter uma percentagem de até 15 por cento da Refina- ria do Lobito, a maior das três em construção no país, e Angola analisa a referida proposta.
Diamantino Azevedo reiterou que o projecto da refinaria esteve paralisado e o Executivo decidiu reactivá-lo, no âmbito da estratégia de refinação do país, que inclui, igualmente, a melhoria deste tipo de plataforma em Luanda, a construção de uma em Cabinda e outra no Soyo.
Desta feita, segundo o governante, houve necessidade de se proceder à revisão do estudo da refinaria do Lobito, no sentido de rever, fundamentalmente, o custo de investimento do projecto, que, na óptica do Governo, estavam muito além da capacidade de refinação, a de 200 mil barris de crude por dia. “E também para a questão do Standed da refinaria, portanto a qualidade. Este processo está em curso, e está a ser feito por uma empresa de engenharia americana e, ao mesmo tempo, reactivamos a actividade no local onde vai ser construída, estão a ser feitos trabalhos preliminares”, disse.
Com o projecto de construção das refinarias, Angola pretende servir não só o país, mas também a região austral, daí que tenha convi- dado a República da Zâmbia a fazer parte dos futuros accionistas. De sorte que Hakainde Hichilema tenha manifestado interesse de visitar o projecto para ter noção da dimensão do projecto, que deve ser concluído antes do final do mandato de João Lourenço, Presidente da República de Angola.
À sua chegada, no Aeroporto Internacional da Catumbela, o presidente zambiano foi recebido pelo governador provincial de Benguela, ao que seguiu de uma audiência que Luís Nunes lhe concedeu no Palácio. De seguida, o Chefe de Estado partiu para zona alta do Lobito para tomar contacto com o projecto da refinaria.
Capacidade de refinação prevista
No interior das infraestruturas de apoio, o coordenador do projecto da refinaria do Lobito, engenheiro Guiomaro Correia, a quem coube elucidar sobre as valências da refinaria, explicou ao Presidente Hakainde Hichilema que o mesmo prevê refinar 2 por cento de combustível para aviões, 18 por cento de gasolina, 4 por cento de gás, 29 por cento para derivados e 46 para diesel.
Depois de ter recebido explicações técnicas inerentes ao projecto, o Chefe de Estado zambiano foi ver de perto a área onde vai ser construída a maior refinaria do país. Ainda em Benguela, o Presidente da República da Zâmbia, Hakainde Hichilema, inteirou-se das potencialidades do corredor do Lobito, que vai gerido por um consórcio de empresas. No Porto Comercial, foi-lhe ilustrado sobre o funcionamento das principais Infra-estruturas do referido corredor, designadamente Caminho-de-ferro de Benguela e a própria empresa portuária.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela