Um cidadão de 35 anos foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), na província do Uíge, sob acusação do crime de homicídio qualificado por agressões físicas cometidas contra um bebê recém- nascido, que contava apenas com três dias de vida, por este não acreditar que era ele o verdadeiro pai
Este órgão de investigação criminal esclarece que o delito ocorreu pelo facto de a esposa do acusado ter dado à luz a criança, num dia diferente do que, particularmente, havia calculado, pensamento que o incitou a entender que o filho não seria seu, acreditando, assim, que a sua companheira terá traído a confiança que conservava no relacionamento.
“O Serviço de Investigação Criminal, no Uíge, deteve, Domingo, 8 de Janeiro, um cidadão de 35 anos, suspeito de homicídio qualificado em razão da qualidade da vítima, um recém-nascido de apenas três dias de vida”, avançou o SIC, naquela província a Norte do país.
De acordo com este órgão forense, os factos ocorreram no bairro Mbemba-Ngango, circunscrição suburbana, que fica nos arredores da cidade do Uíge, onde, resultante da desconfiança que alimentava, espancou a mulher e, acto contínuo, “estrangulou o pescoço do bebê que conheceu morte imediata”. Procedida a detenção do acusado, o cidadão foi presente ao Ministério Público, para os procedimentos legais relacionados com o caso.
Pais matam filhos de meses por várias razões
A crença em práticas de feitiçaria esteve na base da morte de um menor de sete meses, que foi sacrificado pelo próprio pai, depois de este ter recebido orientação de um dito feiticeiro, para proceder deste modo, com o objectivo de progredir na vida e ser famoso no mundo da música. O facto aconteceu em Luanda, na Vidrul, município de Cacuaco, no dia que marcou a passagem do ano de 2021 para 2022, conforme noticiou o jornal OPAÍS, no princípio do ano transacto.
Num outro crime de homicídio, a vítima, também uma criança, desta vez de quatro meses de vi- da, foi morta pelo pai por agressões físicas, enquanto este espancava a sua esposa, que levava o menor ao colo, quando um dos seus pontapés atingiu o inocente. Este acontecimento deu-se na sede do Mukolongondjo, município de Cuvelai, província do Cunene, de acordo com informações avançadas pela Polícia Nacional, naquela província, em 2020.
Por outro lado, um bebê de nove meses de vida foi morto por asfixia pelo próprio pai, sob alegações de insuficiência financeira, para sustentar a criança, de acordo com a Polícia Nacional, em Benguela. O crime aconteceu no bairro 4 de Abril, aonde o autor de 23 anos, que confessou o crime, se deslocou até à casa da mãe do filho com o pretexto de que tinha saudades da criança, tendo, no local, posto fim à vida da mesmaça, naquele fatídico ano de 2018.