Ilustre coordenador do jornal O PAÍS, antes de mais, desejo-lhe Bom Ano e tudo de bom, pois novos desafios estão à porta dos 365 dias que já rolam… Por ser leitor assíduo do vosso jornal, tenho a honra de escrever um pouco daquilo que é o crime e o roubo nos bairros do município de Cacuaco, em Luanda. Há dias, eu e mais um amigo, fomos visitar um primo num bairro daquela circunscrição.
Só sei que é depois do posto de abastecimento da Pumangol, quem sai de Luanda, depois do tanque, passa a Shoprite, à direita. Entramos bem e disfarçados, uma vez que já nos tinham avisado sobre a bandidagem na zona. Chegamos à casa do amigo, conversamos, almoçamos, porém decidi- mos, por via da sua advertência, sair mais cedo do bairro. Antes das 17:00, Domingo, começa- mos a sair, às tantas, afinal, um jovem que passava sempre pelo por- tão do mesmo, estava a nos controlar.
Caminhamos, caminhamos, depois que ele nos deixou, próximo da paragem, nos abordou com mais dois jovens da mesma gang com uma arma branca, comprida, dizendo: “meus kotas, não ‘maiem’, conhece- mos o kota que vos deixou, não há mambo, só se refilarem, papo recto, por isso dão só uma fezada acima de 500 kz”, nos olhamos, sem refilar, demos 2000 mil kz e corremos muito, eles riam-se de milhões. Por favor, Polícia já em Cacuaco!