A França vai enviar para a Ucrânia tanques de combate ligeiros. A garantia foi dada pelo presidente Emmanuel Macron ao homólogo Volodymyr Zelenskyy, na última Quartafeira, por telefone. Os veículos blindados do tipo AMX-10 RC, de fabricação francesa, têm como objectivo ajudar Kiev a travar a ofensiva russa e serão os primeiros “de design ocidental” a “ser fornecidos às forças armadas ucranianas”, disse um assessor após a conversa entre os dois líderes
Outros pormenores, como quantos tanques serão entregues ou mesmo quando vai este equipamento chegar à Ucrânia, não foram revelados.
No entanto, numa troca de agradecimentos publicada no Twitter, Zelenskyy revelou ter acordado com Macron, a quem chama “amigo”, “uma maior cooperação para reforçar significativamente a defesa aérea e outras capacidades de defesa da Ucrânia”.
No habitual discurso nocturno, o chefe de Estado ucraniano agradeceu a ajuda militar e incitou outros países do Ocidente a seguirem o exemplo de Paris.
“É muito importante para restaurar a segurança de todos os ucranianos e a paz de todos os europeus.
Devemos pôr fim à agressão russa este ano e não adiar nenhuma das capacidades defensivas que podem acelerar a derrota do Estado terrorista”, afirmou Zelenskyy.
A 31 de Dezembro, no seu tradicional discurso de final de ano ao país, Macron prometeu à Ucrânia que a França e a Europa estariam ao seu lado também em 2023.
Nos últimos meses de 2022, a França forneceu à Ucrânia sistemas de defesa anti-aérea, incluindo radares e mísseis.
Paris também impulsionou iniciativas como o acolhimento de 2.000 soldados ucranianos que receberam formação e a organização de uma conferência internacional solidária com o objectivo de recolher ajuda destinada à população ucraniana durante o presente inverno.
Rússia comenta ofensivas ucranianas.
As autoridades russas responsabilizam as forças ucranianas pela morte de cinco pessoas, quatro das quais elementos de serviços de emergência, na região ocupada de Zaporíjia, no Sul da Ucrânia.
Moscovo pronunciou-se ainda sobre o ataque em Makiivka. De acordo com o Ministério russo da Defesa foi o uso indevido de telemóveis por parte dos militares russos que permitiu às forças ucranianas “determinar as coordenadas da localização dos soldados” e atacar o local.