Uma cidadã, de 33 anos de idade, doméstica, residente no bairro das Capiras, em Benguela, está a ser acusada de ter esfaqueado o seu marido, em consequência de um desentendimento entre ambos, fruto de ciúmes da presumível agressora. Segundo o porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional, superintendente-chefe Ernesto Tchiwale, a cidadã em causa já se encontra sob custódia da Polícia Nacional
Tudo aconteceu quando a acusada tomou conhecimento de que o seu esposo tinha ido visitar a namorada à casa dela, também moradora do mesmo bairro. Enciumada, a jovem decidiu segui- lo até à residência da rival. Posta lá, insurgiu-se contra o marido, e aí começou a briga entre ambos. Sem a vítima dar por si, a agressora teria pegado numa faca, que a Polícia Nacional ainda conseguiu recuperar, com a qual desferiu golpes mortais ao marido.
“Ela efectuou três golpes no ofendido (seu esposo), sendo um no tórax do lado esquerdo, outro nas axilas e o último nas costelas do lado direito. De imediato foi socorrido pelo INEMA, mas não resistiu, perdendo, assim, a vida na ambulância a caminho do Hospital Geral de Benguela”, disse o porta-voz.
Segundo aquele oficial, a Polícia tomou conhecimento do ocorrido através dos serviços do Instituto Nacional de Emergências Médicas de que, no bairro das Escapiras, junto ao armazém da Zara, um cidadão tinha sido esfaqueado e que os técnicos da referida instituição estariam a encontrar dificuldades para prestar assistência médica e medicamentosa à vítima, devido ao alvoroço provoca- do pela população no local do incidente. Dada à gravidade dos factos, a PN fez deslocar ao local alguns agentes para constatarem os fac-tos, quando estes se confrontaram com o sucedido.
“Tratava-se de um cidadão conhecido por Luciano Chipanguela, solteiro, de 34 anos de idade, natural e residente em Benguela, no bairro da Escapira, facilmente localizado. Este foi esfaqueado pela sua esposa e que, minutos depois, perdeu a vida”, explicou o responsável. Face ao sucedido, que está a ser repudiado por moradores do bairro, o porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional aconselha os casais a recorrem a conselheiros matrimoniais sempre que se confrontarem com questões de desentendimento no lar, de modo a que situações destas sejam evitadas. Ernesto Tchiwale garante que a presumível agressora está detida e que, a qualquer momento, deve ser apresentada ao magistrado do Ministério Público para outros passos que se impõem no âmbito processual.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela