A acção formativa, ministrada e coordenado pelo Professor Doutor, Alberto Oliveira Pinto, tem a duração de seis meses e decorrerá uma vez por semana, às Terças-feiras, às 18 horas, numa iniciativa conjunta entre a UCCLA e a Mercado de Letras Editores
AUCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa acolherá de Janeiro a Julho deste ano, a VI Edição do Curso Livre da História de Angola.
Segundo o edital da organização, as inscrições, continuam abertas na sede da UCCLA, devendo os interessados efectuar o seu alistamento através do formulário disponível no site da instituição.
A acção formativa, com a duração de seis meses, visa transmitir um conhecimento amplo e cronologicamente estruturado do que significou, os tempos pré-históricos, aos nossos dias, bem como a realidade geográfica, política e cultural que é Angola. Trata-se de uma iniciativa conjunta entre esta organização e a Mercado de Letras Editores, cuja participação poderá ser feita presencialmente nas suas instalações ou online.
Plano de estudos
De acordo com o Plano de Estudos disponibilizado, as sessões terão início com uma discussão em torno do conceito de “Pré-História”, prosseguindo na sessão nº 2, com “Fontes Orais e Arqueológicas da História de Angola”, “A Idade da Pedra e do Ferro em Angola”, “A Coexistência dos Povos Kung e Bantu”, as “Cartas Étnicas” e as Instituições Tradicionais Bantu”,
bem como “ A Formação dos Estados Bantu (séculos XIII-XV). Já a Sessão n.º 3, destaca “O Mito da Fundação do Reino do Kongo”, “O Reino do Ndongo”, “Os Antecedentes do Império Lunda e Muatiânvua”, ao passo que a Unidade n.º 4, circunscrever-se-á as “Relações Diplomáticas dos Reinos do Kongo e do Ndongo com Portugal, nos séculos XV-XVII, “As Duas Viagens Diplomáticas de Diogo Cão (1482-1483 e 1484-1486) e ainda na mesma Unidade, a lição sobre “Rui de Sousa: a Cristianização do Reino do Kongo (1482-1520) ”, o Início do Tráfico de Escravos e as primeiras armas de fogo no Kongo. Na Sessão n.º 5, por exemplo, os discentes terão a oportunidade tomar contactos com alguns documentos, entre os quais, “O alvará de D. Manuel I de 1519 e o Início do Tráfico de Escravos Clandestino na Baía de Luanda por Portugueses e Santomenses”.
A mesma Sessão, junta ainda outros temas, como “Os Portugueses e o Reino do Ndongo ou “Reino de Angola” entre 1520 e 1560”, “A Embaixada de Paulo Dias de Novais ao Reino do Ndongo (1560-1565) e os seus antecedentes.
O Plano de Estudos, na sua Sessão n.º 6, temas como “As ditas “Invasões Jagas” ao Kongo (1568-1574)”, terminando como uma discussão sobre pontos da matéria tratada anteriormente. O formador Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto, nasceu em Luanda, a 8 de Janeiro de 1962. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, em 1986.
É Doutorado (2010) e Mestre (2004) em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde colaborou como docente no Departamento de História.
Lecionou igualmente noutras universidades portuguesas. Presentemente é Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do CEsA – Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do Instituto Superior de Economia e Gestão. Como ficcionista publicou diversos romances e é autor de múltiplos livros de ensaio sobre a história de Angola, com destaque para História de Angola. Da Pré-história ao Início do Século XXI (2016), primeira experiência no género em 40 anos de Independência de Angola. Em 2016, foi presidente do Júri do Prémio Internacional em Investigação Histórica Agostinho Neto da Fundação António Agostinho Neto (FAAN).
No mesmo ano foi, pela segunda vez, vencedor do Prémio Sagrada Esperança 2016 com o livro de ensaios Imaginários da História Cultural de Angola. Desde 2018 coordena o Curso Livre História de Angola, uma iniciativa inédita e com enorme adesão.