Começou ontem, o lançamento da introdução da Vacina Pólio Inactivada (IPV), na aldeia de Fuesse, no município do Dande, comuna de Kicabo, província do Bengo. Cerca de 40 crianças com quatro meses de vida foram vacinadas com o objectivo de acelerar a erradicação total dessa doença viral no nosso país, disse o Secretário de Estado para Saúde Pública, José Manuel Vieira Dias da Cunha.
POR: Maria Teixeira
Angola introduziu ontem, 27, no seu calendário de vacinação, a vacina injetável contra a poliomielite, que reduz o risco de paralisia em caso de exposição ao vírus e melhora a resposta em caso de surto. Segundo o Secretário de Estado para Saúde Pública, José Manuel Vieira Dias da Cunha, que presidiu o acto, os centros de Saúde e hospitais vão ter a oportunidade de fazer a vacina. “A vacina poliomielite injectável não substitui a vacina da pólio oral que nós usamos em comprimidos mas, vai reforçar a prevenção da doença que é a poliomielite.
Ela aplica-se apenas uma dose às crianças com quatro meses de idade. Essa vacina deve ser aplicada conjuntamente com uma segunda dose da outra da pólio oral”, explicou. As crianças que não fizerem a vacina ao fim de quatro meses poderão fazer a pólio injetável até aos 11 meses. A introdução dessa vacina obedece à fase final do plano mundial da calendarização da erradicação da poliomielite no nosso país. O chefe da secção de saúde e desenvolvimento da criança em exercício na UNICEF em Angola, Renato Pinto disse que apostar na vacina é sempre um ganho e para cada dólar investido numa vacina há um retorno de pelo menos 16 dólares relacionados com a poupança em despesas de saúde em perdas salariais e de produtividade devido a doença.
“O momento que vivemos aqui no Kicabo, vem reforçar o compromisso que o governo de Angola assumiu no sentido de garantir a saúde da criança e da mãe. Isto por meio da disponibilização de pacotes de serviços básicos com particular destaque para a vacinação”, disse o responsável no acto da cerimónia. Realçou ainda que evidências mostram que a vacinação constitui uma das medidas mais eficazes de protecção da saúde da criança e da mãe. “Por essa razão, manifestamos aqui a nossa satisfação pelos esforços do governo de Angola ao longo dos últimos anos para manter um sistema de vacinação eficaz e que leva a vacina até às zonas mais distantes garantindo assim que cada criança possa ter acesso a este serviço”, declarou.
A formação dos técnicos das unidades sanitárias, o lançamento oficial sobre a introdução da vacina VPI, a distribuição da vacina a todas as unidades sanitárias que prestam serviços de vacinação no país, são alguns passos dados pelo Ministério da Saúde no que toca ao programa do calendário de vacinação. A nova vacina, que substitui a vacina bivalente oral da pólio, diminui também a transmissão de um vírus do tipo 2, caso surja reintrodução, aumenta a imunidade aos demais serotipos de poliovírus selvagens 1 e 2. Angola não tem registo da doença há cerca de seis anos, tendo os últimos cinco casos sido registados em 2011, nas províncias do Uíge e Cuando Cubango.