Em conferência de imprensa, o secretário do Bureau Político do MPLA para a informação, Norberto Garcia, aproveitou a ocasião para reafirmar o apoio do partido ao PR e felicitar os angolanos pela postura exemplar demostrada nas eleições gerais.
POR: Neusa Filipe
O secretário do Bureau Político do MPLA para a informação, Norberto Garcia, garantiu, ontem, em Luanda, que o partido vai apoiar, incondicionalmente, o Presidente da República, João Lourenço, na estratégia de combate à corrupção e em todos os programas que tragam melhorias à vida dos angolanos.
A informação foi avançada pelo responsável, durante uma conferência de imprensa que durou cerca de uma hora, realizada nas instalações da sede nacional do partido, tendo assegurado que as críticas devem existir no seio daquele partido para que democraticamente os seus membros possam caminhar juntos. No que refere à questão de o partido apoiar o Presidente da República no combate à corrupção e ao repatriamento de capitais, medida anunciada recentemente pelo Chefe de Estado, o secretário expressou a solidariedade do partido dos ‘camaradas’, referindo que foi com base nessa moção de estratégia que o programa do MPLA foi eleito.
Salientou, por outro lado, que a moção de estratégia do líder do partido, José Eduardo dos Santos, alude que os aspectos essenciais que constam no programa de governação, nomeadamente o crescimento económico, o combate à corrupção e ao nepotismo e a lógica de que o OGE deve apontar ou priorizar o lado social e do género para que possa realmente satisfazer os interesses mais essenciais que o país vive. “Eu não sei se estas pessoas que têm dinheiro no estrangeiro são maioritariamente do MPLA.
Há quem diga que sim e há quem diga que não. Há-que se fazer um diagnóstico. Quanto ao apoio, nós, de forma incondicional apoiamos o camarada João Lourenço, Presidente da República e vice-presidente do MPLA”, disse o secretário. Reiterou que o programa estratégico de governação elaborado pelo partido tem uma dimensão que visa a satisfação das necessidades dos angolanos, essencialmente o combate à pobreza, impulsionar o crescimento económico e a diversificação económica. Em relação às dúvidas que têm sido levantadas quanto a uma possível limitação ao Presidente da República João Lourenço, pelo facto de este não ser o líder do partido, o secretário Norberto Garcia explicou que o Presidente da República deve obediência à Constituição e não está sujeito à regras partidárias.
“O Presidente da República deve obediência à Constituição, não está sujeito a regras partidárias, ele tem poderes próprios que decorrem da Constituição, o resto foi sufragado nas eleições quando os cidadãos o elegeram”, elucidou. No âmbito do slogan adoptado pelo partido para o próximo quinquénio, “Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, o responsável afirmou que há, de facto, problemas a serem resolvidos, apontando alguns sectores que estão mal e que precisam de ser corrigidos.
“Nós temos, de facto, problemas para resolver. Temos que elencar o sector social, a saúde, a educação, algumas franjas ligadas ao sector dos mercados. Queremos que, do ponto de vista da justiça social, as empresas produzam, paguem os salários aos trabalhadores e os trabalhadores paguem os seus impostos ao Estado”, avançou. O secretário felicitou, na ocasião, o povo angolano pela conduta exemplar de patriotismo demonstrada durante o processo eleitoral, tendo particularmente referenciado os partidos políticos na Oposição pela sua postura exemplar e pela forma como colocaram as suas questões ao seu eleitorado, alegando tratar-se de um exemplo particular daquilo que foram as eleições gerais em Angola e aos seus resultados.