A propagação do fogo no Parque Nacional da Quissama, segundo o Ministério do Ambiente, está a ser influenciada pelo facto de há mais de sete anos não se registarem queimadas no local, agravado pela ausência de chuvas.
Mais de 400 de pessoas, entre efectivos do Serviço Nacional de Bombeiros, das tropas especiais das Forças Arma das Angolanas (FAA) e trabalhadores do Parque Nacional da Quissama estão envolvidas na operação de extinção do incêndio que há uma semana afecta as zonas limítrofes do parque. Até ao final do dia de ontem, segundo uma nota de imprensa enviada a OPAÍS, as chamas, já sob controlo dos esfectivos dos bombeiros, consumiam a vegetação a 40 quilómetros limítrofes ao perímetro ribeirinho, na zona Norte do Parque, após terem sido extintas na região Sul da mesma zona.
Na tentativa de travar o alastramento das chamas e extingui- las, diversos meios técnicos dos órgãos dos Ministérios do Interior, da Defesa e do Ambiente, estão a ser utilizados. “Até ao momento não foram registados casos de morte de animais de grande porte, mas os levantamentos prosseguem no local, efectuados por técnicos do Ministério do Ambiente, para apurar os danos causados pelo incêndio”, lê-se no documento.
Embora um grupo técnico do Ministério do Ambiente esteja ainda a proceder ao levantamento no local, referente aos da nos causados pelo incêndio, diz a nota, até ao momento não foram registados casos de morte de animais de grande porte. “Mas é visível, no local, a danificação da vegetação como da erva graminha “capim” e hyphaebe guineensis (matebeira)”. Quanto às suas causas, revelam que a quantidade de biomassa concentrada no local também contribuiu para a rápida propagação das chamas, visto que há cerca de sete anos que não se registam queimadas, facto agravado pela ausência de chuvas.
“As investigações por parte das autoridades prosseguem, para se apurar a origem do incidente”, refere o Ministério. Refira-se que a ministra do Ambiente, Paula Francisco, deslocou- se ao Parque Nacional da Quissama no último Sábado, para constatar “in loco” os estragos causados pelo incêndio, bem como as acções que estão a ser desenvolvidas para combater as chamas.