O apresentador Vladimir Solovyov apontou ainda que “esta guerra vai afectar toda a gente”, ressalvando que “quando os ucranianos se esgotarem, os polacos chegarão”.
Numa reacção ao ataque com drones que assolou Moscovo na manhã dessa Terça-feira, o apresentador da televisão estatal russa Vladimir Solovyov alertou o país para o facto de a Rússia estar “a lutar contra a NATO”, complementando que “Kiev tem de ser desmantelada”.
“Quanto mais depressa as pessoas de Moscovo, Yekaterinburg, Chelyabinsk e São Petersburgo reconhecerem que há uma guerra, mais depressa ganharemos.
Enquanto as pessoas acharem que é algo que está a acontecer longe e não é muito importante, haverá problemas. Têm de compreender isto! Malta, é sério!
E não vai acabar amanhã”, começou por dizer o apresentador, num vídeo partilhado pelo jornalista da BBC, Francis Scarr. Solovyov apontou ainda que “esta guerra vai afectar toda a gente”, ressalvando que, “quando os ucranianos se esgotarem, os polacos chegarão”.
“Estamos a lutar contra a NATO. Isto tem de ser compreendido! A NATO forneceu tudo para a destruição da Rússia”, disse.
E prosseguiu: “Por isso, precisamos de estar vigilantes; não entrem em pânico, fiquem calmos, e perguntem-se o que é que fiz para a vitória?
O que é que estou a fazer para a vitória? E Kiev? Kiev tem de ser desmantelada! Odessa tem de ser desmantelada! Kharkiv, Dnipro, Lviv, Ivano-Frankivsk também.
Deveriam haver ataques nessas cidades hoje, muito mais brutais do que os actuais.
É uma guerra. Já não pode ser de outra forma”, rematou. De notar que o Ministério da Defesa da Rússia acusou, essa Terçafeira, a Ucrânia de estar por detrás do ataque, em Moscovo, desta manhã, que provocou “danos menores” em vários edifícios.
“Esta manhã, o regime de Kiev lançou um ataque terrorista com drones contra a cidade de Moscovo”, escreveu o ministério, na rede social Telegram.
Segundo o mesmo meio, oito drones estiveram envolvidos no ataque, e todos foram destruídos. O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, indicou que não há feridos graves e que uma investigação ao sucedido está em curso.
Por seu turno, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, negou qualquer envolvimento de Kiev no incidente desta manhã, ainda que se tenha mostrado satisfeito.
“Claro que estamos satisfeitos e previmos um aumento do número de ataques.
Mas claro que não temos envolvimento directo”, disse, em declarações ao canal do Youtube ‘Breakfast Show’, citado pela agência Reuters.