O Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA) refundou-se, no último Sábado, 27, com a realização da IV reunião do Comité Central, que alterou a designação para PALMA – NOVA ANGOLA e adoptou um novo lema: “ O amanhã começa agora”
A reunião que juntou delegados das 18 provinciais foi a primeira após a realização das últimas eleições gerais, em Agosto de 2022, que afastou a CASA- CE do parlamento. O IV reunião do PALMA- NOVA ANGOLA, de acordo com o seu líder, Manuel Fernandes, serviu para trocar ideias, discutir pontos de vista sobre os melhores caminhos a trilhar, encontrar soluções para o fortalecimento do partido e reflectir com os delegados a que considerou de trágica situação que o país atravessa.
“Estamos a realizar esta reunião com o fito de analisar com realismo e seriedade o presente, e projectarmos um futuro com segurança para o êxito dos nossos propósitos, enquanto força politica activa e dinâmica, capaz de salvar Angola da miséria, da pobreza e da mendicidade”, disse o líder do partidário. Manuel Fernandes afirmou que a reunião decorreu num contexto difícil do percurso do par- tido PALMA, face aos resultados eleitorais “atribuídos”, que afastou a CASA-CE do parlamento, com todas consequências decorrentes, sendo uma delas, a perda dos direitos adquiridos.
Como que a “chorar pelo leite” derramado, o líder do PALMA-NOVA ANGOLA, insistiu em afirmar que o resultado alcança- do pela CASA-CE, nas eleições de Agosto de 2022, foi arquitectado pelo regime, entenda-se o MPLA, com o propósito único de construir um quadro de bipolarização política no país, “ matando sem dó nem piedade a terceira via”, acusou. Manuel Fernandes considera que a Convergência Ampla da Salvação – CASA- CE, por si liderada, teve uma campanha eleitoral digna de realce que, em nada ficou a dever aos demais concorrentes.
Salientando que, nas projecções de vários analistas políticos vaticinava-se um resultado satisfatório para a CASA-CE que o colocaria no mínimo em terceiro lugar. Entretanto, acredita na reviravolta, nas eleições de 2027, por entender que volvidos mais de 47 anos, de “má governação” o MPLA já não tem nada de bom a oferecer ao povo angolano, senão a manutenção do sofrimento, da fome, do desemprego e dos baixos salários.
Quotas para salvar o partido
Sem direito a verba do Orçamento Geral do Estado (OGE), Manuel Fernandes pediu aos seus correligionários mais cumprimento do pagamento das quotas para o funcionamento da máquina partidária. “O contexto vai exigir de todos mais criatividade e robustez em contornar os obstáculos. Temos certeza que os recursos financeiros são importantes em todas as organizações. Não os temos, mas o importante agora é sermos criativos”, apelou.
De acordo com o líder do PALMA-NOVA ANGOLA, não basta a reformulação na ver- tente política, os militantes, do topo a base devem ser educa- dos no pagamento de quotas. Questionado se o PALMA- NOVA ANGOLA vai manter-se na CASA-CE, ou caminha isolado, Manuel Fernandes não foi preciso na resposta, disse apenas que está a preparar o seu partido para ser mais forte e poder concorrer às eleições de 2027, coligado ou não. A IV reunião do Comité Central do PALMA-NOVA ANGOLA, contou com a presença dos líderes dos partidos coligados na CASA-CE.
POR: José Zangui