O ministro de estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, destacou, ontem, em Benguela, na abertura da XII edição da Feira Internacional de Benguela, o papel da maior montra de investimentos na região centro-Sul de Angola na diminuição das importações e promoção das exportações no país
O governante manifesta, por isso, o desejo de que as parcerias de negócios a serem feitas tenham impacto significativo na economia nacional. Manuel Nunes Júnior, a quem coube à abertura oficial da feira, lembrou que a economia angolana, depois de ter saído de um longo período de recessão em 2021, voltou a crescer e pede que os actores económicos façam de tudo para que essa trajectória de crescimento económico não seja interrompida.
Por isso, considera imperioso que o país continue a apostar naqueles domínios de actividade que constituem o sector não-petrolífero, como a agricultura, indústria, transportes, pescas, construção, turismo, entre outros, capazes de criar muitos postos de trabalho. “Por isso, são tecnicamente chamados de sectores intensivos e inadiáveis”, disse. Manuel Nunes Júnior afirma que a aposta nesses domínios deve permitir o aumento de emprego na economia, diminuindo, consideravelmente, a taxa de desemprego e, deste modo, aumentar os níveis de rendimento dos cidadãos.
De acordo com o governante, a XII edição da FIB constitui um passo no caminho certo que o país está a seguir. “O caminho do aumento da produção nacional, diversificação da economia, do aumento do emprego, das exportações e da diminuição das importações. O tema principal da presente edição da Feira é o corredor do Lobito. A posição geográfica da província de Benguela constitui um privilégio especial, pois, para além de fazer da província uma placa giratória para acesso a todas as regiões do país, ele comporta o Porto do Lobito e o Caminho- de-Ferro de Benguela”, considera. Na óptica do governante, a presente edição afigura-se em mais uma oportunidade para se apresentar aos investidores o potencial económico da província de Benguela e, sobretudo, dar a conhecer o que tem sido feito por vários sectores da economia ao longo dos anos.
Já o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, sublinhou que o corredor do Lobito é um fac- tor de realce para a economia angolana, na região da África Austral e, sobretudo, para a província, tendo como suporte infra-estruturas logísticas como o Porto Comercial do Lobito e o CFB. “Catapultando a nossa província para outros mares e outra capacidade de relacionamento e alcance. Uma linha de encontro que consolida o tão almejado desenvolvi- mento para o qual estamos a trabalhar”, realça, destacando que o povo Benguela vestiu a farda do progresso a pensar no desenvolvimento económico de Angola.
“Do Lobito à Ganda, do Balombo ao Chongorói estamos fortes sobre os carris do desenvolvimento”, assegura. O presidente do Conselho de Administração da Eventos Arena projecta, para os quatro dias de feira, uma agenda preenchida por um conjunto de conferências que, entre outros, vão abordar sobre o Cor- redor do Lobito, além de outras temáticas definidas pelo INAPEM e o Ministério da Economia e Planeamento. “Que, sem sombra de dúvidas, vêm deixar substância a todos estes ecossistemas que estão à volta da Feira Internacional de Benguela”, acentua.
Para a presente edição, a pro- motora da Feira Internacional de Benguela, a Eventos Arena, registou um aumento na ordem dos 27 por cento relativamente às participações de 2022. Diferente da edição passada, que foram mais de 200 empresas, na presente participam, directa e indirectamente 368, um número que satisfaz também o Governo Provincial de Benguela, que há mais de dez anos andam de mãos dadas com a Arena na realização do certame. Participam na feira, que se estende ao dia 27, no recinto do Estádio de Ombaka, no município de Benguela, empresas de vários sectores de actividade produtiva e não só, com destaque para as de seguros, banca, transporte, agricultura, indústria, cultura, restauração, além de instituições públicas.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela