Os líderes dos partidos políticos PRS e FNLA consideraram positivas as relações de co- operação entre Angola e os Estados Unidos da América, que já levam 30 anos. Na opinião das duas organizações políticas, esta conexão é para ficar Presentes no acto de celebração alusivo ao trigésimo aniversário das relações de cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América, ocorrido na última Sexta-feira, 19, em Luanda, Benedito Daniel e Nimi a Nsimbi consideraram que os Estados Unidos são um parceiro incontornável no mundo. Para o presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, Angola não pode estar alheia a esta parceria, de formas a revolucionar o sector industrial, mais concretamente na exploração de petróleo, mas também noutras áreas.
Segundo o líder partidário, é necessário ter-se em linha de conta que se anteriormente estas relações circunscreviam-se unicamente à exploração petrolífera, hoje por hoje, estendem-se para outras áreas, como a educação, saúde e segurança. “Hoje temos muitos estudantes angolanos nas mais variadas universidades americanas, a cursarem os mais diferentes cursos, que amanhã poderão ser uma mais- valia para Angola. E isto é também fruto desta relação”, afirmou Benedito Daniel.
Ademais, disse que os Estados Unidos são considerados os pais da democracia, e Angola tem a oportunidade de estar numa relação de proximidade com esta Nação, de modo que poderá beber da sua experiência no capítulo da democracia. “E se nós bebermos bem dessa experiência poderemos construir um país verdadeiramente democrático”, disse. Por outro lado, para Benedito Daniel, o dia 19 de Maio é uma data importante para os dois países, já que assinala o dia de normalização das relações entre Angola e os Estados Unidos da América.
FNLA
Por seu turno, Nimi A Nsimbi disse ter ficado com muito boa impressão sobre aquilo que ou- viu do Embaixador norte-americano, Tulinabo Mushingi, e do ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, sobre os pilares em que tem assente esta relação. Nimi A Nsimbi, presidente da FNLA, afirmou que está satisfeito pelo facto de Angola enviar diversos estudantes aos Estados Unidos da América para cursarem nas diferentes universidades daquele país, com principal destaque para os técnicos de saúde, de educação e tecnologias.
“Esperamos que no futuro esta relação seja melhorada e que continue a dar resultados mutuamente vantajosos para os dois Estados”, asseverou. Para o líder do partido dos ir- mãos, no capítulo económico é também necessário que esta relação vá além do petróleo, para se estabelecer noutras áreas da vida económica. “Estamos a tentar diversificar a nossa economia, temos que explorar outras áreas com os Estados Unidos, se quisermos solidificar ainda mais esta relação”, salientou.
Cooperação recíproca com os EUA
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Téte António, Angola continuará a envidar esforços para fortalecer a cooperação com os Estados Unidos da América, em benefício dos dois países e povos. Referiu que o nível de trocas de visitas, de consultas e das relações de cooperação nos diversos domínios demonstra a excelência das relações entre os dois países, almejando mais visitas ao nível dos Chefes de Estados.
Téte António frisou que os dois países tornaram-se parceiros estratégicos de cooperação bilateral e multilateral, com a assinatura do “Memorando de Entendimento para o Diálogo Bilateral”, de 8 de Julho de 2010, com o objectivo de promover e aumentar a cooperação político-diplomática, económica e comercial, técnico-científica, de segurança e cultural.