Uma das novidades nesta edição é a digitalização da informação de cada foto e objecto exposto. O projecto introduziu elementos-chave para modernização do acesso à informação, através de códigos QR que estarão disponíveis pela sala, que devem ser lidos através de telemóveis dos visitantes
Depois de ser realizada em 2021, a 2.ª edição da exposição fotográfica “A Más- cara Oculta – The Hidden Mask”, do fotógrafo belga Kristof De- grauw, é inaugurada hoje, a partir das 17 horas, no Museu Nacional de Antropologia, em Luanda, com o objectivo de saudar o Dia Internacional dos Museus.
O trabalho apresenta novos desenhos e novas cores, para proporcionar aos visitantes uma experiência mais dinâmica e de fácil compreensão, sobre a cultura tradicional da confecção das máscaras e rituais tradicionais.
As referidas fotografias actualmente fazem parte do acervo do Museu. Kristof orgulha-se em deixar o seu contributo à cultura e arte em Angola, que resulta de um trabalho que teve início em 1997, em Lubumbashi, República Democrática do Congo, juntamente com o embaixador Jozef Smets.
“Realmente, não imagino as máscaras como objectos etnológicos, mas como ‘intermediários’ para um mundo que vai além da nossa abordagem analítica ocidental. Por vezes, me surpreendi sobre aquela criatura que apareceu de repente na frente da minha câmara, algo entre o humano e o animal, algo fantasmagórico ou vindo do espaço sideral! Usando a linguagem da fotografia contemporânea, teve o privilégio de desvendar esse tesouro, de um museu esquecido no extremo Sul do Congo “, disse Kristof Degrauwe.
Uma das novidades nesta edição é a Digitalização da informação de cada foto e objecto exposto. O projecto introduziu elemento-chave para modernização do acesso à informação através de códigos QR que estarão disponíveis pela sala, que devem ser lidos através de telemóveis dos visitantes, onde encontrarão imagens e informações sobre os objectos expostos. Este processo é tido como de grande importância para o Museu, que observa como uma for- ma de criar abertura para pensar na criação de um museu digital paralelo, que possa permitir que os visitantes descubram a verdade por detrás dos objectos, em qual- quer parte de Angola e do Mundo.
Participações O projecto foi realizado e coordenado por Kristof Degrauwe, com a colaboração de Jamil ‘PARA- SOL’ Osmar e do artista Gato Preto, Jack Tjindje e também de toda a equipa do Museu de Antropologia. José Pedro, ou simplesmen- te Jack Tchinge como é artistica- mente conhecido, explica sobre a relevância da peça para as culturas dos povos do antigo reino, como é o caso de Angola. “Esta peça demostra a riqueza cultural dos povos do antigo reino do Congo.
Nela vê-se a semelhança das vivências de povos de diferentes países, no caso Angola, os dois Congos, e a Zâmbia, unidos pelos mesmos hábitos culturais”, elucidou. A edição passada, realizado numa nova ala no museu, apre- sentava obras de artistas locais como Jone Ferreira, Samu Artes, Neemias Kiala, Miamby Wassaki, Jack Tchindji e outros. No âmbito do programa desta primeira edição, e em cooperação com a Embaixada do Reino da Bélgica, houve a projecção de diversos filmes sobre o Museu de África na Europa, exibidos num cinema improvisado no próprio espaço do Museu, e realizou-se um desfile de moda inspirado no tema da instalação das máscaras feitas no Museu de Antropologia por ocasião do Dia de África.