O serviço provincial do Instituto Nacional da Criança (INAC), em Luanda, tem registado denúncias de que crianças frequentam prostíbulos para a prática de sexo em troca de dinheiro. Estão identificados alguns locais, segundo o director provincial, Alexandre Joaquim, nomeadamente nas mediações do Hotel Trópico, Anangola, Vila Alice e num dos Zangos
O director do serviço provincial do INAC, Alexandre Joaquim, disse, ontem, que a sua instituição está preocupada com os casos de violência sexual que têm vindo a acontecer contra as crianças, uma vez que os números continuam a subir. Por isso, têm trabalhado afincadamente na sensibilização das famílias como forma de prevenir este mal.
Ao nível da cidade de Luanda preocupa aquela instituição a existência de prostíbulos, onde as crianças se prostituem. Estes locais são frequentados por adultos, alguns estão identificados, designadamente, nas mediações do Hotel Trópico, Anangola, Vila Alice e num dos Zangos. Por outro lado, disse que actualmente não se regista muita criança na rua ou de rua, como se parece, apenas em alguns pontos, nomeadamente do Aeroporto, 1º de Maio, junto ao Chamavo e Zé Pirão. “Se repararem são as mesmas crianças que estão em todos esses pontos.
Por outra, estas crianças estão quase sempre acompanha- das com uma outra criança ao colo e não são de rua, mas sim estão na rua. As suas mães ou uma outra pessoa adulta normalmente as usam para a mendicidade”, frisou Alexandre Joaquim. Por forma a dar melhor tratamento nas diferentes situações registadas pelo serviço provincial do INAC, tencionam municipalizar os serviços, em vários domínios. As administrações devem assumir as responsabilidades, disse, nomeadamente a educação, saúde, justiça, entre outras. Actualtido de localizar os indivíduos que recebem as mercadorias”, disse.
Nestor Goubel fez lembrar que aquele cidadão que recebe produtos estranhos ou de origem duvidosa é também um infractor, porque está a com- pactuar com o assaltante, pelo que apela a população no sentido de evitar adquirir produtos de fontes criminosas. O acusado manifestou que está há muito tempo na vida do crime e, embora tenha tentado deixar várias vezes, e procurado ser um homem bom e honesto, não consegue. “A princípio também não sei como me transformei num criminoso, mas a necessidade falou mais alto que a moral.
A falta de emprego levou- me a esta vida, infelizmente”, desabafou, tendo de seguida admiti- do que se um dia encontrar um bom emprego, será um homem bom. DR mente, a sua instituição está a trabalhar para tal. Alexandre Joaquim falava à margem do fórum provincial sobre a criança realizado ontem, pelo GPL sob o lema “municipalizar os 11 compromissos para melhor proteger a criança”. Na ocasião, o vice-governador provincial para o sector social, Manuel António Gonçalves assegurou que o GPL está atento aos problemas que afligem as famílias e, concomitantemente, as crianças. Por isso, continua a trabalhar no sentido de proporcionar melhor qualidade de vida a todos os menores, sem discriminação.
“Precisamos de prestar uma atenção redobrada às crianças instrumentalizadas e com necessidades especiais, sobretudo às crianças de e na rua. Desenvolvamos um espírito de paz e de amor, promovendo a fraternidade e a irmandade no seio das crianças, na proporção da partilha e do cuida- do do bem comum. Cada criança deve ver na outra criança um ir- mão, um amigo, um companheiro”, frisou Manuel António Gonçalves. O acto solene contou com a presença de administradores municipais e distritais, directores provinciais, delegados municipais, autoridades tradicionais e religiosas, bem como estudantes dos nove municípios da província.