A conta corrente referente ao ano de 2016 registou défice de 3.071 milhões USD, o que representa uma melhoria de 70% face ao défice registado em 2015
O desempenho da conta corrente reflecte a melhoria na balança comercial, que registou um incremento de 16,5% em relação ao período homólogo, fixando-se em 14,6 mil milhões USD em 2016.
O registo comercial manteve-se positivo ao registar-se redução das importações em 36,9%, fixandose em 13.040 milhões USD, que superou o impacto da diminuição das exportações em 16,9%, para 27.588,9 milhões USD.
Por outro lado, registou-se redução do défice na balança de serviços em 26%, enquanto, a balança de Rendimento Primário e Secundário registaram diminuição do défice de 11% e 46%, respectivamente. Importa ressaltar que o défice apurado na balança corrente atingiu o menor nível desde 2014.
O volume de transacções no mercado secundário de dívida pública atingiu 143,2 mil milhões AOA no primeiro trimestre de 2018, que representa um aumento de 211% face ao período homólogo.
Destacase que durante o período em análise as negociações realizadas no ambiente multilateral cresceram 311%, enquanto, o ambiente bilateral viu o seu montante aumentar em 91%.
O desempenho apurado poderá reflectir uma maior dinamização do mercado, educação financeira das famílias, o aumento da atractividade dos instrumentos financeiros e incremento da poupança privada, como resultado do actual contexto económico.
A agência de rating, Fitch, melhorou a perspectiva de classificação de risco do país, de negativa para estável, mas mantém o rating da dívida soberana no nível B.
A melhoria na perspectiva da dívida externa de longo prazo, Long Term Foreign-Currency Issuer Default Rating, reflecte as reformas implementadas no país, como a alteração do regime cambial, o apoio do FMI, tal como, o aumento do niível de preços do petróleo nos mercados internacionais. A melhoria na perspectiva permitirá o fortalecimento da notoriedade do país junto à comunidade internacional, o que contribuí para o alívio das pressões sobre as yields nos mercados de dívida, numa altura em que o país se prepara para o lançamento da segunda emissão dos Eurobonds.
A massa monetária, medida pelo agregado monetário M2 aumentou 0,35% no mês de Março, fixandose em 6.986,21 mil milhões AOA, que corresponde a um aumento de 11,53% em termos homólogos.
A contribuir para o aumento mensal da massa monetária na economia, destaca-se o incremento do montante de notas e moedas em poder do público, e dos depósitos a ordem, em 2,14 e 1,28%, respectivamente. O registo poderá reflectir uma maior apetência por liquidez por parte dos agentes económicos, tendo-se em consideração a depreciação do kwanza, face ao dólar americano e ao euro, e o incremento do índice de preços no consumidor, cujo registo mensal aumentou 1,38% em Março do ano corrente, tendo como, referência a variação da cidade capital.
Espaço Internacional
EUA Os pedidos iniciais de subsídios de desemprego fixaram-se em 209 mil, na terceira semana de Abril, uma redução de 10,30% face à semana anterior. O registo referente aos primeiros meses do ano corrente apresenta níveis baixos, que não são registados desde 1969.
Destaca- se que o mercado de trabalho norte-americano apresenta-se próximo ao nível de pleno emprego, com a taxa de desemprego a fixar- se em 4,1%, o menor nível dos últimos 17 anos. O Índice Manufactureiro Markit PMI situou-se em 56,5 pontos em Abril, um aumento de 1,62% comparativamente ao mês anterior. A contribuir para esse desempenho, está o aumento das encomendas, a ligeira elevação dos níveis de preços, em decorrência, fundamentalmente, do aumento dos preços das matérias-primas. Destaca-se que o nível registado representa o maior nível dos últimos três anos.
Alemanha
A confiança do consumidor GfK para o mês Maio reduziu 0,92%, ao situar-se em 10,8 pontos, 0,1 p.p. abaixo dos níveis verificados em Abril.
A contribuir para a redução da confiança dos consumidores sobre a perspectiva da economia nos próximos doze meses está a crise na Síria e as medidas comerciais proteccionistas dos Estados Unidos da América que poderão se reflectir sobre o crescimento da economia do país. Importa destacar que para 2018, o Fundo Monetário Internacional perspectiva uma taxa de crescimento económico para Alemanha de 2,5%.
O clima de negócios IFO referente ao mês de Abril reduziu 1,16% face ao mês de Março, fixando-se em 102,1 pontos, que corresponde ao menor nível desde Março de 2017.
O sentimento dos agentes económicos sobre a evolução da economia na Alemanha, nos próximos seis meses, foi influenciado pela redução das expectativas, no mês de Abril face ao mês anterior, no sector manufactureiro, prestação de serviços, venda a grosso e a retalho ao variar em 24%, 25,9% e 10,2%, que representa redução de 3,3 p.p., 3,5 p.p., e 3,8 p.p., respectivamente.