O comércio também tem um desempenho de crescimento contínuo, enquanto a construção, extracção e refinação de petróleo bruto e gás natural andam em sentido inverso
Os dados do Banco Nacional de Angola (BNA), baseados na Conta Nacional, bem como em in- formações preliminares das contas nacionais trimestrais, referentes à participação das classes e actividades no Produto Interno Bruto (PIB), indicam que a agropecuária e a sivicultura cresceram, em termos de relevância, cerca de 3% de 2021 para 2022, tendo chegado aos 10,50%, contra os anteriores 7,40% registados no ano anterior.
Os dados mostram mesmo que o sector es da agropecuária e da silvicultura estão em crescimento contínuo quanto à relevância no PIB, pois, desde 2018, a última vez que caiu 0,73%, no comparativo com o período homólogo, vem mostrando crescimento contínuo. Saltou de 5,30% em 2018 para os 5,60% de relevância em 2019 e não mais parou de crescer, até chegar aos actuais 10,50% de relevância, que segundo os dados do BNA referentes à participação das classes e actividades no PIB. Um crescimento que desde 2019 tem vindo a ser acompanhado pelo desenvolvimento igualmente contínuo do item pescas que cresceu 2,20% em três anos.
As pescas cresceram menos, ou seja, 0,5% de 2019 para 2020 e outros 1,10% de 2020 para 2021, quando saltou de 3% para os 4,10%. Trata-se de um crescimento relevante e que tem valor importante e simbólico, já que a agricultura é o sector que mais emprega, conforme se pode verificar nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes ao emprego. Acresce a isso que o segmento dos serviços, onde o item comércio segue uma linha de crescimento desde 2018, altura em que se registou um peso de 16,90% e foi sempre a subir, até chegar aos 21,80% de relevância no PIB registado actualmente.
Por outro lado, o sector da construção segue em queda desde 2019, altura em que registava um peso de 10,70% de relevância no PIB. A primeira queda foi de 2,50%, tendo registado uma relevância de 8,20% ,em 2020, e depois foi sempre a cair até chegar aos actuais 6% no PIB. Outro sector que segue no caminho da queda é a extracção e refinação de petróleo bruto e gás natural, que caiu 31,40% registados em 2019, para os 27,90% em 2020.
Mas as quedas não se ficaram por aí, recuperando depois e saltou dos 27,90% para os 32,70%. Mas com pouca duração, já que no período seguinte voltou a cair para os 28,90. Nos dados a que OPAÍS teve acesso salta a vista a evolução dos impostos, que vêm perdendo relevância no PIB desde 2017. Assim, a relevância dos impostos no PIB caiu de 2,80% em 2017, para os 2,20 em 2018, e depois quedou de 1,60% registados, em 2020, para os 1,20 registados, em 2021. E não se ficou por aí, já que foi sempre a cair até os actuais 1,10% de relevância no PIB. Os impostos registaram o maior período de queda, seguido apenas de perto pelo sector da construção que declinou durante três anos seguidos.
Intermediação Financeira e de Seguros
Exceptuando o ano de 2018, em que a variação da contribuição deste item para o PIB foi positiva, com 5,25%, de 2017 para ao presente ano a classe registou sempre uma variação negativa, isto é, de de – 10,6% em 2019, -7,33% e -5% em 2020 e -18,8% em 2021. Uma evolução fortemente negativa que tem servido como peso negativo no desempenho da economia nacional e consequentemente do PIB nacional.
POR: Ladislau Francisco