As actividades com início ontem, 2, em Luanda, tiveram em destaque a conversa com o fotógrafo fundador da Organização dos Estados Africanos para a Mellowness, Kiluanji Kia Henda, acompanhado pelo historiador, curador e crítico de arte, Adriano Mixinge, que abordaram o percurso artístico na Livraria Kiela
O convidado Kiluanji Kia Henda começou como um fotógrafo de rua autodidata e superou sua abordagem documental inicial, desenvolvendo histórias cada vez mais universais, subvertendo temas e entrelaçando elementos da ficção à realidade, conforme deixou pantente.
Hoje haverá a conversa com o escritor português Valter Hugo Mãe, que será acompanhado pela professora e associada do Colectivo Ondjango Feminista, Tchenguita, que, de igual modo, para analisarem a língua portuguesa e as línguas nacionais.
A iniciativa, que tem como objectivo celebrar o Dia de África, assinalada a 25 de Maio, contempla abordagens em diferentes formatos., como encontros de literatura, cinema, tertúlias, música e workshops, que serão ainda desenvolvidos no Camões – Centro Cultural Português, Goethe Institut Angola, Cine Geração, Biblioteca 10Padronizada e o Centro Cultural Kassemba – Terra Preta, que possuem parceria com a organização.
O director executivo da Geração 80, Ngoi Salucombo, que não garantiu a realização do evento nos próximos anos, explicou que a organização pretendia celebrar a data com outras estruturasem outros espaços.
“Se repararem no programa, nas conversas há sempre um autor, seja ele escritor ou músico, que é acompanhado de outros profissional, com foco na trajectória do convidado.
É um evento de celebração do mês de África”, esclareceu.
A exibição do filme “La vie est belle”, através do Cine Geração, o torneio de xadrez, a biblioteca 10padronizada com a oficina criativa, bem como pinturas com aquarela para crianças, venda e sessão de autógrafo da obra do escritor português, Valter Hugo Mãe, concerto com a Banda Reggae, Ondjango Feminista, entre outras acções, serão readizadas durante o mês.
A par dos referidos parceiros, para maior abrangência das actividades, o evento tem ainda como palco a galeria MOVART, o centro cultural Terra Preta, o Hotel Globo, com mais de 30 eventos direccionados a um público diversificado, composto por crianças, jovens e adultos.
Desde 1972, por decisão da ONU, assinala-se o Dia de África (inicialmente nomeado Dia da Libertação de África) a 25 de Maio.
Foi neste dia, em 1963, que os líderes dos estados africanos descolonizados, reunidos em Addis Abeba, na Etiópia, criaram a Organização de Unidade Africana (OUA).
A OUA centrou a sua acção na promoção da descolonização do resto do continente e no apoio à resolução de conflitos regionais subsequentes.
Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, mas a celebração da data manteve-se.
A data é celebrada em todo o mundo e em especial nos países de África e nas comunidades africanas e de afro-descendentes espalhadas por outros continentes.
O dia continua a assinalar a luta pela independência do continente africano, contra a colonização e o regime do apartheid, mas também projecta a ambição de um continente mais unido, justo e desenvolvido.