O reforço das acções de cooperação bilateral entre Angola e as repúblicas da França e da África do Sul estiveram, ontem, no centro das audiências do ministro das Relações Exteriores, Téte António, aos diplomatas destes países. As duas individualidades foram recebidas em audiências separa- das pelo chefe da diplomacia angolana, tendo passado em revista vários assuntos no quadro das relações existentes.
Na ocasião, o embaixador de França, Daniel Vosgien, enalteceu o engajamento do Presidente angolano, João Lourenço, na mediação do conflito que opõe o Ruanda à RDC, encorajando uma solução pacífica pela via do diálogo, segundo a Angop. A França enalteceu a sua disponibilidade para amplificar as relações comerciais com a possibilidade de albergar um Fórum do Investidor e fortalecer a cooperação no domínio da educação, face à perspectiva de transformação do Liceu Francês em Escola Consular.
Durante a udiência, foi reafirmada a importância das relações de amizade e de fraternidade existentes entre Angola e a França. Estas, acrescentou, reforçadas após a recente visita a Angola do Presidente Emmanuel Macron. Por outro, lado o ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Oupa Ephraim Monareng, falou do reforço da cooperação político-diplomático, económico e comercial, com foco na necessidade de trocas de visitas ao mais alto nível entre os dois países.
Na vertente regional, tema igualmente em discussão entre as duas entidades, evocou-se a necessida- de da revitalização do Mecanismo Tripartido entre Angola/República Democrática do Congo e África do Sul, uma parceria estratégica que se pretende mais dinâmica, eficiente e virada para o alcance de resultados concretos. Angola e a África do Sul são membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e mantêm excelentes relações de cooperação nos domínios político, diplomático, económico e cultural.
Nos últimos anos, os dois Estados reforçaram as relações bilaterais com a assinatura de vários acordos comerciais, que incluem a co- operação no sector petrolífero e a supressão de vistos em todos os passaportes nacionais (diplomático, serviço e ordinário).