O secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, disse ao jornal OPAÍS que a classe sindical foi convidada pelo referido órgão de apoio ao presidente da República, a fim de explicar sobre a real situação e posição dos docentes universitários
Peres Alberto garantiu que a sua equipa vai manter esse contacto, por entender tratar- se de um órgão importante, que pode fazer chegar uma mensagem, de forma real, ao titular do poder e aconselhá-lo para a mudança da forma de abordagem de um fenómeno (o ensino superior), que, em qualquer país, constitui o cérebro da sociedade.
“Também calha bem, porque, de algum tempo a esta parte, tem vindo a realizar-se assembleias regionais, para se analisarem três pontos fulcrais, designadamente a situação dos estudantes, o silencia do Governo e a posição dos professores”, frisou o representante sindical, reiterando que esses e outros pontos estarão sobre a mesa do Conselho Económico do Presidente da República. As províncias de Cabinda, Bié, Cuanza-Sul e Huíla são as que já tiveram as suas assembleias, segundo Peres Alberto, que assegurou a manutenção da greve, por tempo indeterminado, como a conclusão coincidente dessas reuniões provinciais.
Aliás, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior informou que, ainda que não tenham o relatório final de assembleias dos restantes círculos provinciais, a mensagem que é transmitidas pelos líderes locais é a de que vai prevalecer a greve, a não ser que o Governo resolva a situação dos pontos que ficaram por atender.
De acordo com Peres Alberto, Luanda agendou sentar-se, na próxima Sexta-feira, 28, de mo- do a preencher a sua deliberação e, consequentemente, juntar às de outras províncias, a fim de se encontrar a posição nacional. Questionado se não é prematuro pensar numa decisão final com indicativos de manutenção da greve, Eduardo Peres Alberto, respondeu dizendo que “o nosso Governo já nos habituou a não conseguir resolver, numa só se- mana, um problema que se arrasta há meses”.