As chuvas que se abateram sobre a cidade de Luanda, ontem, 18, vitimaram mortalmente cinco cidadãos, segundo os dados preliminares do Serviço de Protecção Civil e bombeiros (SPCB) e inundaram mais de duas mil e quinhentas residências
Estradas intransitáveis, casas inunda- das de água, quedas de árvores, ravinas e mortes é o que se pode reter do balanço provisório das chuvas que se abateram, ontem, 18 de Abril, sobre a cidade de Luanda. Segundo o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Minguêns, foram registadas cinco mortes, dentre as quais duas nos municípios de Belas, distrito urbano do Cabolombo, de dois menores do sexo feminino de 5 e 8 anos de idades, por conta da correnteza das águas.
No município do Viana bairro da Regedoria, uma criança do sexo masculino de 1 ano e seis meses de vida morreu por afogamento. O SPCB tem ainda o registo de mais de 2500 habitações inundadas, 1587 famílias afectadas, 7.935 pessoas afectadas, oito árvores caídas e a queda de um poste de iluminação, segundo o porta-voz. Na sequência das últimas chuvas, o Governo da Província de Luanda desenvolveu trabalhos de remoção das árvores caídas em vários locais, com realce para a rua Comandante Gika, Cemitério da Santa Ana, Escola Real n.° 1222, no bairro Azul, entre outros.
Segundo uma nota do GPL, esta instituição implementou, de forma preventiva, há sete meses, o programa de limpeza e recolha de resíduos sólidos nos sistemas de macrodrenagem, com vista a facilitar o escoamento das águas residuais e pluviais, bem como reduzir o impacto das chuvas. Os técnicos e meios da ELISAL procederam à remoção dos restos das árvores que caíram no Cemitério da Santa Ana, na madrugada desta Terça-feira, 18, em consequência das chuvas torrenciais que se registaram na cidade capital.
O Governo Provincial de Luanda, diz a nota, está ciente e solidário com os munícipes que enfrentam imensas dificuldades em consequência das chuvas que se abatem na capital, sobre- tudo naqueles pontos mapeados e considerados críticos pela Comissão Provincial de Protecção Civil de Luanda. “Ainda assim, os apelos vão, igualmente, no sentido de se evitarem construções nas linhas naturais das águas, próximo aos locais de risco; não depositar resíduos em locais impróprios e prestar maior atenção às crianças em períodos chuvosos”, lê-se.