Presidente do MPLA realçou que os projectos estruturantes em curso terão um grande impacto no desenvolvimento económico e social do país, contribuindo, sobretudo, para o aumento da oferta de postos de trabalho, quer na fase de construção, quer na fase da sua colocação em serviço e utilização
João Lourenço teceu essas considerações durante o discurso de abertura da IV Sessão Ordinária do Comité Central, realizada ontem, em Luanda, cujo mote foi a discussão do “Impacto das Políticas Públicas na vida da Juventude”, tendo salientado que os concursos públicos que têm sido realizados desde 2019 beneficiam sobretudo os jovens.
Por essa razão, no quadro da oferta de emprego, essa franja social tem merecido especial atenção do Executivo, no quadro da execução de políticas públicas, sem descurar a mulher, a criança, os velhos, portadores de deficiência e os cidadãos de modo geral. Neste sentido, destacou que com a entrada em funcionamento, no fim deste ano, do Aeroporto Internacional Dr António Agostinho Neto, a conclsão no próximo ano do Porto do Caio em Cabinda, a construção dos novos aeroportos de Cabinda e de Mbanza Congo, a construção da Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, vão garantir a entrada de mais jovens ao mercado de trabalho.
De igual modo, o Presidente do MPLA está optimista e com o mesmo objectivo, segundo o qual a construção das refinarias de Cabinda, do Soyo e do Lobito, a construção de 17 hospitais de nível terciário em Viana, Cacuaco, Caxito, Sumbe, Ndalatando, Cunene, Mbanza Congo, Catumbela, Bailundo, Dundo, Uíge e a construção do Hospital General Pedalé em Luanda, deverão garantir mais em- pregos para os jovens.
Foi também elencado pelo Presidente João Lourenço a construção do Hospital Universitário em Luanda, os novos hospitais Militar Principal em Luanda, Oncológico, dos Queimados, Oftalmológico em Luanda e a reabilitação completa do Hospital Américo Boavida, todos em Luanda. Destes, segundo o líder do partido no poder, sete poderão ser inaugurados este ano.
outras empreitadas O Presidente anunciou a execução na sua plenitude de um grande programa de combate à seca no sul de Angola, com enfoque para as províncias do Cunene, Namibe e Huíla, incluindo a solução de água para a cidade do Lubango, na província da Huíla. “Temos igualmente programado arrancar com os projectos Bita e Quilonga para suprir o déficit de água na cidade de Luanda. O Ensino Superior vai também beneficiar da construção de 11 infra-estruturas universitárias distribuídas pelo país”, anunciou João Lourenço.
Na sequência, apontou o prosseguimento do programa de construção e de manutenção de estradas, assim como a construção de linhas de transporte de energia em alta tensão e respectivas sub-estações, para levar energia ao leste, ao sul e ao sudeste do país. “Sem contar com a contribuição do sector privado, todos estes projectos de infra-estruturas públicas e outros não citados, incluindo os do PIIM, vão aumentar consideravelmente a oferta de emprego para os nossos jovens”, perspectivou João Lourenço.
OGE
O Presidente João Lourenço esclareceu, por outro lado, que o Parlamento aprovou o Orçamento Geral do Estado para 2023, o principal instrumento de governação que, ao prever as receitas e despesas do Estado, torna possível a realização dos investimentos públicos necessários ao desenvolvimento económico e social do país. “Nada do que foi citado pode ser feito e colocado ao serviço dos cidadãos sem o Orçamento Geral do Estado”, fundamentou o Presidente acrescentando, sem citar nomes, que “os mesmos, que nunca aceitaram os resultados eleitorais desde as primeiras eleições gerais em Angola, também nunca votaram a favor do Orçamento Geral do Estado há trinta e um anos consecutivos”.
Política externa
Em relação a essa questão, o número um dos camaradas salientou que Angola tem sido coerente, sendo que é pela paz, defende o respeito do Direito Internacional, os princípios plasmados na Carta das Nações Unidas, assim como é contra todas as guerras e, consequentemente, condena a invasão da Ucránia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano. “Defendemos um cessar-fogo incondicional e o início de negociações entre as partes directamente envolvidas no conflito – a Rússia e a Ucránia -, para o estabelecimento de uma paz dura- doura entre os dois países”, defendeu.
Para o Presidente do MPLA, “este conflito atingiu proporções de tal ordem que já não basta garantir a paz para a Ucránia e a normalização das relações entre os dois países, mas importa assegurar uma paz dura- doura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado negociações directas entre a Rússia e a NATO, entre a Rússia e a União Europeia”.